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PARA 2023

Sem Libertadores, SBT quer furar o olho da Band e brigar pela Fórmula 1

REPRODUÇÃO/BAND

Lewis Hamilton comemora vitória na Fórmula 1, dentro da sua Mercedes, com a bandeira do Brasil na mão

Lewis Hamilton no GP de São Paulo de Fórmula 1: SBT tenta frear renovação de contrato da Band

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 12/6/2022 - 6h30

A Fórmula 1 tem contrato com a Band na TV aberta e já até recebeu o pagamento pela temporada inteira, mas a concorrência está de olho. O SBT fez uma consulta a representantes da Liberty Media, que são donos da principal categoria de automobilismo do mundo, para saber se era possível adquirir os direitos, e o sinal foi positivo. No entanto, nos bastidores, a mudança de emissora da competição é dada como improvável.

A informação foi publicada pelo jornalista Flávio Ricco e confirmada pelo Notícias da TV. O SBT cresceu o olho no sucesso comercial que a categoria tem na Band, já que a Fórmula 1 está com todas as contas vendidas para este ano. Ao mesmo tempo, a investida seria uma resposta ao mercado publicitário, que vê o cenário esportivo da emissora de Silvio Santos como incerto após a saída da Libertadores, que voltará à Globo em 2023.

Segundo apurou a coluna, a ideia é de José Roberto Maciel, vice-presidente do SBT. Em 2020, a Fórmula 1 chegou a ser oferecida para a TV de Silvio Santos, quando sua saída da Globo era iminente. No entanto, naquele momento, houve a decisão de não seguir em frente por não acreditar no potencial da categoria fora da emissora líder. 

O favoritismo na negociação para o próximo ano, no entanto, ainda é da Band. O trabalho feito em todas as mídias agrada o estafe da categoria, que ganhou uma proporção de cobertura jamais feita por outra empresa. Além da TV aberta, a Band também exibe a Fórmula 1 no BandSports, seu canal de TV paga. Lá, os treinos são o maior ibope do canal esportivo.

Dona da Fórmula 1 em outros países da América Latina, como a Argentina, a ESPN chegou a procurar a Liberty Media para tentar trazer a categoria para o Brasil no ano que vem. Mas a informação que chegou na Disney foi justamente que a situação com a Band era muito mais interessante --por isso, houve desistência. 

Band e Liberty Media têm contrato pelo modelo de market share. Ou seja, tudo o que for financeiramente arrecadado é dividido entre as partes de forma igual. Neste ano, a emissora vendeu pelo menos R$ 120 milhões em cotas de publicidade. Com isso, cada uma ficou com R$ 60 milhões.

O SBT também está de olho no público qualificado que a Fórmula 1 atinge. O grosso de seus telespectadores é de pessoas da classe AB, com mais de 35 anos --ou seja, com alto poder aquisitivo para adquirir produtos anunciados durante as corridas ou nos intervalos comerciais. 


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