ENTREVISTA
REPRODUÇÃO/INSTAGRAM
Adriane Galisteu em foto publicada no Instagram; a apresentadora comanda o Power Couple Brasil
Em seu segundo ano como apresentadora do Power Couple Brasil, Adriane Galisteu se destaca pelo envolvimento com os participantes, inclusive na tentativa de acalmar os ânimos durante os barracos generalizados que tomaram conta da edição. Ela nega que as brigas no reality da Record sejam combinadas nos bastidores e tem uma explicação quase filosófica para tantas brigas, que fazem a alegria do público. "O formato do reality nada mais é que o reflexo de nós mesmos."
Em entrevista ao Notícias da TV, a loira explica que as confusões dentro do confinamento não são planejadas para vender entretenimento ao público. Segundo ela, as tretas acontecem porque os participantes estão de fato vivendo no limite de suas emoções.
"Por ser um reality de casal é incomparável, ninguém está confinado sozinho. A gente pode até falar de temperamento, tem um mix de participantes, realmente causou um furor. Eles estão com os nervos à flor da pele desde o início do programa. Posso dizer que nunca vi uma edição como essa, é a mais tensa de todas, eu acho que eles estão realmente tensos", palpita.
Galisteu também rebate as acusações de que teria o poder de interferir nas dinâmicas do jogo ou no comportamento dos confinados.
Isso [o caos] não é provocado, nem de longe. Não adianta as pessoas ficarem com raiva, é um reality da vida real. Quem entrega isso lá dentro é o participante. Eu não tenho culpa, eu assisto ao programa, e a dinâmica do programa existe há anos. Eu sou apaixonada, eu gosto de me ver no reality, gosto de ver até onde o ser humano é capaz de ir, como ele reage em determinadas situações.
"O formato do reality nada mais é do que o reflexo de nós mesmo, de uma forma mais exagerada, inusitada. Tem gente que reage diferente [às situações]. Quando você chama uma pessoa para participar, você está chamando pelo que ela é, pelo o que você imagina que ela seja, mas nada te garante que ela vai ser daquele jeito. Ninguém é 100% bom nem 100% ruim", avalia a apresentadora.
Ao falar sobre a confusão entre os confinados que resultou na desistência de Rogério Silva e Claudia Castanheira, Galisteu assume ter ficado apreensiva, principalmente por não ter controle da situação.
"Fiquei em choque. Não esperava a reação do Rogério. Para mim, eles estavam na final. Eles eram um casal forte. Por ter um filho [MC Gui] que já participou de A Fazenda, ele já sabe como funciona. Ele não conseguiu jogar o jogo do Cartolouco, que ganhou dele no psicológico. O Hadballa e o Matheus [Sampaio] estavam o tempo todo com as mãos para trás, mas a briga do Rogério foi fora da curva, a gente não está acostumado a ver o que o Rogério fez, teve um descontrole emocional."
Já sobre a rixa entre os casais Brenda Paixão e Matheus e Mussunzinho e Karoline Menezes, a apresentadora aposta:
Vai seguir até o fim do programa, geralmente o público deixa [esses participantes ficarem]. Se isso acontecer [de eles ficarem], eles não vão conseguir conversar. Eles foram por um ataque verbal tão profundo que vai ser difícil [se acertarem].
Apesar de negar ter problemas para lidar com as "explosões" dos participantes, Galisteu reforça que não gosta de vê-los ignorando suas ordens ou da produção do programa.
"Tem a questão da regra, eu parto do princípio que estou trabalhando, existe regra. Eu não perco a paciência, eu me divirto apresentando. Mas acho que tem uma questão: perco a paciência com a falta de respeito. O fato de eles brigarem faz parte do reality, mas eles precisam entender que eles precisam me respeitar e ouvir. É isso que pega um pouco, me deixa sem paciência o fato de eles não entenderem a importância de seguirem as regras."
No ano passado, após 17 anos fora da Record, Galisteu recebeu a missão de assumir o Power Couple, que antes era apresentado por Gugu Liberato (1959-2019). Com a saída de Marcos Mion da emissora, ela também passou a apresentar A Fazenda.
É um lugar que a gente sempre esteve de olho, na televisão e em outros lugares. Sempre falei sobre a importância de ter uma voz feminina, me senti muito feliz e orgulhosa. As pessoas falavam: 'Como você vai substituir o Mion e o Gugu?'. Só por eu ser mulher eu já tenho um tom diferente, nós mulheres já estamos nesse lugar. O meu lugar de fala é diferente.
"Eu sou ariana, minha vida foi sempre feita de desafios, não tenho medo. Sabia que seriam trabalhos importantes, de muitas horas, muita dedicação, que eu ia ter que abrir mão de muitas coisas, não só do meu tempo, mas da minha família", completa ela.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.