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DIVERSIDADE

Record se 'inspira' na Globo e escala jornalistas locais para ancorar Fala Brasil

REPRODUÇÃO/RECORD

Camila Busnello e Jessica Smetak no estúdio do Fala Brasil em São Paulo

Camila Busnello (SP) e Jessica Smetak (BA), apresentadoras dos plantões do Fala Brasil, da Record

REDAÇÃO

Publicado em 19/10/2019 - 5h50

O rodízio de apresentadores das afiliadas da Globo na bancada do Jornal Nacional em comemoração aos 50 anos motivou uma iniciativa parecida na Record. Desde 21 de setembro, 21 dias depois do JN investir em âncoras convidados, a emissora de Edir Macedo passou a convocar jornalistas de suas regionais para apresentar o Fala Brasil aos sábados.

Bem avaliado internamente, assim como a ação da Globo, o rodízio na Record deverá continuar mesmo após a reformulação do formato do noticiário nos fins de semana, em janeiro. O Notícias da TV apurou que rostos das afiliadas serão escalados, semanalmente, para dividir o comando do telejornal com Carla Cecato, que deixou as edições diárias por problemas de saúde.

Nas últimas semanas, quatro Estados já tiveram oportunidade de enviar seus talentos para a bancada nacional. A primeira a ser testada foi a repórter Mariana Bispo, do Rio de Janeiro, no dia 21. Ela foi tão bem que acabou deslocada da reportagem na filial carioca para a matriz. Desde segunda (14), apresenta o SP no Ar ao lado de André Azeredo.

Além dela, foram testadas Manuela Queiroz, da Record de Goiás, e Bianca Saraiva, da TV Cidade, afiliada da rede no Ceará. As próximas a ganharem espaço no Fala Brasil serão Isly Viana e Vanessa Nora, de Pernambuco e Santa Catarina, respectivamente.

Não é a primeira vez que a Record tenta dar espaço para apresentadores de suas emissoras locais em rede nacional. Em 8 de junho, Jéssica Smetak, líder de audiência em Salvador, ancorou o noticiário matinal, mas passou os quatro meses seguintes fora da escala de plantões em rede nacional. Voltou a aparecer na bancada só na edição do último sábado (12).

A volta das apresentadoras regionais para o rodízio do Fala Brasil aconteceu graças ao bom desempenho da ação comemorativa de 50 anos do Jornal Nacional. A cúpula do Jornalismo da Record se surpreendeu com a grande repercussão da iniciativa, tanto em audiência quanto nos comentários do público nas redes sociais.

Consultada pela reportagem, a emissora diz que se trata de "uma medida comum" na emissora. Apesar disso, com exceção da aparição de Jéssica Smetak em junho, apresentadores de afiliadas não ancoravam o Fala Brasil desde 2014.

Boa repercussão

Na Globo, os primeiros sete sábados com apresentadores desconhecidos do público nacional no JN tiveram média de 28,0 pontos na Grande São Paulo --duas edições, em 7 de setembro e 12 de outubro, foram veiculadas em feriados, datas em que o número de televisores ligados é tradicionalmente menor. Nas sete semanas anteriores à comemoração, sem nenhum feriado e com rostos mais conhecidos do telespectador, o principal noticiário do Brasil havia marcado 28,9.

A chance de ver jornalistas conhecidos pela cobertura de problemas das cidades no ar em todo o país tem mexido bastante com os ânimos das redes sociais, que emplacam hashtags dedicadas aos apresentadores entre os assuntos mais comentados, e até mesmo promovem iniciativas curiosas. No Acre, um telão foi montado em um dos principais shoppings de Rio Branco para que o público pudesse acompanhar o apresentador local na bancada.

Em outros Estados, como Paraíba e Goiás, as afiliadas têm veiculado contagens regressivas para a aparição de seus âncoras em rede nacional e promovem reportagens especiais contando quais as expectativas para o momento de glória.

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