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ACORDO COM MPF

Record exibe campanha por diversidade sexual para evitar processo por homofobia

REPRODUÇÃO/RECORD

Carolina Ferraz no Domingo Espetacular

Carolina Ferraz é apresentadora do Domingo Espetacular: programa mostrou reportagem com homofobia

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 1/6/2023 - 6h35

A Record fez um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) para evitar responder a uma ação civil pública na Justiça por homofobia. O motivo da celeuma foi uma reportagem sobre "ideologia de gênero nas escolas", exibida no Domingo Espetacular em agosto de 2021. A emissora vai mostrar 15 comerciais de uma campanha de diversidade sexual na sua programação.

Os comerciais serão exibidos nos intervalos da revista eletrônica comandada por Carolina Ferraz e Sérgio Aguiar e também na faixa Record Kids, que mostra o seriado Todo Mundo Odeia o Chris (2006-2009) e o clássico desenho Pica- Pau. Ao todo, serão 15 inserções previstas para irem ao ar do próximo domingo (4) ao dia 23.

A campanha é chamada de Ser Diferente É Legal e foi produzida pelo próprio MPF. Além da exibição na televisão, a emissora também disponibilizará o vídeo em seu canal no YouTube a partir de sexta (3), com obrigação de mantê-lo no ar durante pelo menos um ano. A empresa também precisou apagar a reportagem original de suas plataformas.

O acordo firmado entre a Record e o MPF é resultado de um inquérito civil contra a emissora pela exibição, em agosto de 2021, de uma reportagem acerca da suposta "ideologia de gênero" nas escolas do Brasil. Na época, o assunto era discutido por apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro (2019-2022), aliado de Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da TV.

A reportagem se baseou em premissas preconceituosas em relação à população LGBTQIA+, que fez denúncias formais na Procuradoria Geral dos Direitos do Cidadão, setor do Ministério Público. A chamada "ideologia de gênero" é um termo usado por conservadores para transmitir a falsa ideia de que a orientação sexual se desenvolva por influência ou possa ser "ensinada".

A procuradora regional dos direitos do cidadão em São Paulo, Ana Letícia Absy, afirmou que o acordo visa reparar qualquer desinformação e preconceito que a reportagem da Record tenha passado aos telespectadores, sem que a emissora precise responder judicialmente, o que atrasaria a questão. 

"O acordo teve por objetivo garantir o acesso dos telespectadores da Record à campanha educativa sobre respeito às diferenças, de modo a buscar de forma direta a reparação do dano causado pela matéria anteriormente veiculada quanto a desinformação e preconceito sobre questões de gênero e orientação sexual", destacou a procuradora.

A Record foi representada no acordo pelo diretor geral de produção, Mafran Dutra, conforme consta no documento obtido pelo Notícias da TV


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