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CONVERSA FRANCA

Pedro Bial relata luta contra depressão e nega vergonha do BBB

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O jornalista Pedro Bial na última edição do Conversa da temporada 2018, em 14 de dezembro - REPRODUÇÃO/TV GLOBO

O jornalista Pedro Bial na última edição do Conversa da temporada 2018, em 14 de dezembro

REDAÇÃO

Publicado em 28/3/2019 - 7h12
Atualizado em 28/3/2019 - 12h10

O jornalista Pedro Bial decidiu abrir o jogo sobre a depressão que enfrentou na virada do milênio, em uma fase crítica que durou cerca de seis meses. A confissão chega como um alerta para a importância de se discutir saúde mental. Ele ressaltou que o transtorno não é frescura, e ainda revelou se pensou em tirar a própria vida no auge da crise.

"Pensar no pior, no sentido de pensar em suicídio? Não. Mas há outras maneiras de você se abandonar. Pode não pensar num suicídio ativo, dar um tiro na cabeça, se jogar pela janela, mas pode parar de se cuidar, se largar, parar de prestar atenção em coisas que são importantes para a sua felicidade, e assim permitir que alguma coisa ruim aconteça a você", explicou Bial.

Acostumado a entrevistar pessoas no programa Conversa com Bial, cuja nova temporada estreia em abril na Globo, o jornalista encarou o outro lado do diálogo em um bate-papo com Marcelo Bonfá em vídeo publicado nesta quinta-feira (28) no canal Pingue-Pongue com Bonfá, que o jornalista mantém no YouTube.

Questionado sobre depressão, Bial admitiu que lidou com a doença. "Na virada do século, do milênio, eu andei bem ruinzinho, roendo borda de penico. Mas dei a volta por cima, com um bom psicanalista, com psiquiatra, medicamento", lembrou.

"A minha fase crítica de depressão durou uns seis meses. O processo todo quase dois anos, entre cair e levantar. Um pouco menos, um ano e meio. Não é de uma hora pra outra", continuou o apresentador, que agora superou a doença.

"Nunca mais ocorreu. O que é um bom sinal, porque no geral quem tem depressão uma vez acaba tendo outros episódios. Eu não tive. Talvez porque eu já tenha uma certa precaução. [Se] Vejo alguns sinais aparecendo, eu já tomo algumas medidas, antes que se precipite numa depressão mesmo", explicou o jornalista.

Bial também assumiu que é uma pessoa ansiosa, mas que tenta não deixar essa sensação tomar conta de si.

"Procuro canalizar minha ansiedade no trabalho, botar essa energia pra andar. Mas tenho que lidar diariamente com minha ansiedade de estar aqui. O que não é muito fácil, porque nós nunca estamos onde nós estamos. A cabeça está sempre se lembrando de alguma coisa ou projetando. A gente nunca está no lugar e no momento onde está. Acho que pelos breves momentos que a gente consegue isso já é legal", filosofou ele, em uma fala digna dos discursos que fazia em dia de eliminação do Big Brother Brasil.

Sobre o BBB, aliás, Bial afirmou não ter nenhuma vergonha das temporadas que passou à frente do reality. "Um sucesso extraordinário, eu tenho muito orgulho de ter participado desse fenômeno. Hoje eu fico só de espectador, batendo palmas pro Tiago Leifert", disse, elogiando o atual apresentador.

Mais talk show

Sincero, Pedro Bial também falou sobre o que pensa dos principais concorrentes no formato de talk show. "A Tatá Werneck eu amo de paixão. E toda vez que ela manda um 'chupa, Bial', eu chupo", brincou, dando risadas.

Fábio Porchat, que abandonou as entrevistas no sofá da Record no fim do ano passado, mereceu elogios do jornalista. "Eu me apaixonei pelo Porchat desde o Porta dos Fundos, quando ele apareceu. Acho que o Fábio chegou para ficar, vai ter muito tempo de carreira pela frente. É um craque", valorizou.

Até Danilo Gentili, dono de opiniões controversas, foi levantado pelo ex-apresentador do Fantástico. "Acho ele excelente. Um humorista muito bom, esperto, corajoso. E tenho muitas afinidades com algumas posições dele, com algum pensamento dele. Às vezes ele é um pouco infantil, mas quem não é?", ressaltou.

Confira a entrevista de Pedro Bial ao jornalista Marcelo Bonfá:

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