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Marcius Melhem não queria ser chefão na Globo: 'Tava quieto no meu canto'

Reprodução/TV Globo

Marcius Melhem, chefe de Humor da Globo, na última temporada do programa Tá no Ar - Reprodução/TV Globo

Marcius Melhem, chefe de Humor da Globo, na última temporada do programa Tá no Ar

LUCIANO GUARALDO, no Rio de Janeiro

luciano@noticiasdatv.com

Publicado em 5/5/2019 - 7h00

Promovido a chefe do departamento de Humor da Globo em agosto do ano passado, Marcius Melhem não queria o cargo. "Meu nome começou a ser ventilado nos corredores da emissora, porque uma promoção dessas não acontece de uma hora para outra. E eu só falei: 'Não, deixa eu quieto aqui, estou criando no meu canto'", revelou ele.

A preocupação do ator e roteirista era assumir uma função mais burocrática, de supervisionar todos os projetos relacionados à comédia na emissora, e que isso o privasse de continuar no setor de criação.

"Executivo só rima com criativo, é uma loucura", falou ele, aos risos, durante uma palestra no Rio2C, maior evento de audiovisual do país --no mesmo evento, Melhem detonou o apresentador Danilo Gentili, do SBT.

Ele disse que só aceitou sua nova posição com a condição de continuar envolvido na criação dos próprios projetos. "Deixei bem claro que eu não estava aceitando esse lugar para encerrar minha carreira. Acho que eu ainda tenho muito para dar como criador, como redator final de programas, como um cara que gosta de reunir equipes e criar coisas", lembrou.

Para o ex-Caras de Pau, sua posição de chefia é algo transitório --antes, o cargo era ocupado por Guel Arraes, que o deixou justamente para se dedicar aos projetos que não conseguia desenvolver. "Eu sou ator, sou autor e estou executivo. Deixei isso bem claro para a Globo, e fui muito bem aceito", ressaltou o novo chefe.

"Enquanto eu achar que posso contribuir de alguma maneira nesse cargo, fico lá. Se em algum momento eu achar que não, ou se a empresa achar que não, eu volto para o meu lugar de criador, que é verdadeiramente o que me faz feliz."

Melhem afirmou que um dos atrativos do cargo é a possibilidade de abrir portas para novos nomes --no regime de Arraes, roteiristas reclamavam que só tinha chance na emissora quem pertencia à "panelinha" do pernambucano. "O cargo não me atrai pelo poder que emana dele, mas pela perspectiva de aumentar as ferramentas de realização para uma turma muito boa, de abrir novos caminhos", filosofou.

Reformulação do Zorra foi teste

O convite da Globo para que Marcius Melhem assumisse a chefia do Humor no Globo aconteceu depois da reformulação bem-sucedida que ele promoveu no Zorra (ex-Zorra Total) em 2015. "Após o sucesso do Tá no Ar [2014-2019], imediatamente nos foi proposto assumir o Zorra. Fomos estudar, porque o humor é um dever de casa enorme que nós fazemos todos os dias", explicou ele.

"E é uma responsabilidade, porque você se comunica com muita gente. Game of Thrones é um case de sucesso e alcança 30 milhões de pessoas globalmente. O Zorra, todo sábado, tem 32,5 milhões de espectadores, é uma paulada semanal, que fala com um país muito diverso, né?", ressaltou Melhem.


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