CHUVA
Reprodução/TV Globo
Repórter Pedro Figueiredo entrou ao vivo no Jornal Nacional na porta da emissora no Rio de Janeiro
GABRIEL VAQUER
Publicado em 8/4/2019 - 22h26
Atualizado em 9/4/2019 - 5h17
As fortes chuvas que atingiram na noite de segunda-feira (8) o Rio de Janeiro fizeram a Globo ter uma noite diferente do habitual, tanto na capital fluminense, quanto em São Paulo. Sem ter como sair da porta da emissora, os repórteres Bete Lucchese e Pedro Figueiredo cobriram a enchente da sede do Jornalismo no Rio, na esquina das ruas Von Martius e Pacheco Leão, no Jardim Botânico (zona sul). Nas imagens, era possível ver que as ruas ao redor da Globo ficaram inundadas.
Já em São Paulo, os jornalistas Carlos Tramontina e Renata Lo Prete ficaram de prontidão nos estúdios do Jornal da Globo, durante o principal telejornal da casa, mas com o logo do Jornal Nacional no telão.
O Notícias da TV apurou que o receio da emissora era o de que o temporal no Rio inviabilizasse, por alguma questão técnica, a transmissão ao vivo do JN. Caso William Bonner e Giuliana Morrone saíssem do ar, Lo Prete e Tramontina entrariam e dariam continuidade ao noticiário na capital paulista.
O plantão inesperado provocou correria na Redação paulistana. Normalmente, São Paulo só assume o jornalismo após o fim do JN, por volta das 21h30. Todos estiveram que estar a postos uma hora antes, às 20h30. O plantão, no fim das contas, não foi necessário, já que o jornal seguiu normalmente até o fim.
Por volta das 21h50, Lo Prete entrou para informar os espectadores de todo o Brasil sobre as chuvas, já com o estúdio montado para o Jornal da Globo, que ela apresenta nos fins de noite.
Para dar ênfase à cobertura das chuvas, a Globo cortou a exibição do Big Brother Brasil 19 para o Rio de Janeiro e entrou com uma edição especial do RJTV, que contou com muitas imagens de internet e ficou no ar até a 0h15 desta terça, quando deu lugar ao JG.
Não é raro a Globo mudar sua programação no Rio por problemas na cidade. Nesta década, em vários momentos, a emissora priorizou os fatos quentes em vez de sua programação normal na capital fluminense.
Cobertura de enchentes na porta da emissora também não é novidade para a Globo. Em 1966, a recém-lançada emissora fez uma cobertura histórica de uma inundação que assolou o Rio de Janeiro e deixou 200 mortos.
Apesar das dificuldades técnicas, o canal interrompeu a programação, posicionou duas câmeras no terraço, no Jardim Botânico, e passou a exibir os fatos ao vivo, com narração de Hilton Gomes (1924-1999). O episódio fez com que a Globo, até então em último lugar, ganhasse a simpatia da população, abrindo caminho para chegar à liderança.
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