HOMENAGEM
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Marcelo Rezende em reportagem para o Jornal Nacional na década de 1990, quando se passa Verão 90
GABRIEL PERLINE
Publicado em 9/4/2019 - 5h23
Marcelo Rezende (1951-2017) fez uma participação póstuma em Verão 90. No capítulo exibido em 25 de março, a novela da Globo colocou no ar o trecho de uma reportagem sobre os arrastões nas praias do Rio de Janeiro feita pelo jornalista em 1993, época em que ele produzia conteúdo para o Jornal Nacional e para o Fantástico.
Na cena, os irmãos Candé (Kayky Brito) e Larissa (Marina Moschen) apareciam na sala do apartamento em que moram assistindo ao Jornal Nacional. Cid Moreira, apresentador do telejornal na época, surgiu na tela da TV anunciando a reportagem. Logo na sequência, a voz de Rezende ecoou no recinto, trazendo mais detalhes sobre a atuação dos criminosos.
A imagem do jornalista, no entanto, foi omitida. Enquanto ele narrava a onda de crimes que se popularizou nas praias cariocas no início dos anos 1990, Candé e Larissa debatiam sobre a presença de pessoas mais humildes nas áreas de lazer da zona sul, bastante frequentadas pelos endinheirados.
Procurada, a Globo confirmou ao Notícias da TV na segunda-feira (8) que a voz na reportagem era de Marcelo Rezende. E disse que a emissora tem recorrido ao próprio arquivo, trazendo conteúdo exibido em sua programação na década de 1990, para ilustrar situações como esta.
Rezende morreu em 16 de setembro de 2017, aos 65 anos, após quatro meses de luta contra um câncer no pâncreas e no intestino. Ele não quis se submeter a sessões de quimioterapia --recomendado para casos como este-- e optou por um tratamento alternativo. Seu quadro de saúde se agravou após contrair pneumonia, que o levou à falência de órgaõs como rins e fígado.
Rezende começou sua carreira na década de 1960, como repórter esportivo do extinto Jornal dos Sports, no Rio de Janeiro. Mesmo sem ter feito faculdade na área, ganhou uma vaga na publicação após ajudar um homem com a datilografação de uma relação de times de futebol de várzea. O sujeito era o editor-chefe do jornal, que lhe ofereceu uma vaga. Na época, tinha apenas 17 anos.
Como fez muitos amigos no jornalismo, Rezende foi rapidamente contratado pela Rádio Globo para trabalhar como rádio-escuta e, em 1972, foi para o jornal O Globo, no qual atuou como redator de esportes.
Aos 21 anos, pediu para ir para a reportagem. Aos 23, já era repórter especial. Em 1979, foi convidado para trabalhar na revista Placar. Ficou na publicação até 1987, quando fez a transição para a televisão. ganhou destaque com reportagens policiais, como a série sobre a violência de PMs na Favela Naval, de Diadema, em março de 1997. Pelo especial do Jornal Nacional, Rezende recebeu o Prêmio Libero Badaró de jornalismo.
Em 1999, depois de se destacar na reportagem, começou a apresentar na Globo o Linha Direta, que usava dramaturgia e depoimentos para recriar casos policiais. Em agosto de 2000, deixou o comando do programa e migrou para a RedeTV!, onde apresentou o Repórter Cidadão entre 2002 e 2004.
Foi para a Record em 2004, apresentando o Cidade Alerta até junho do ano seguinte, quando o programa foi tirado do ar por causa da baixa audiência. Voltou para a RedeTV! como âncora do RedeTV! News e, em 2009, foi para a Band comandar o Tribunal na TV.
Em 2010, voltou para a Record como repórter especial do Domingo Espetacular; no ano seguinte, apresentou o Repórter Record e, em 2012, reassumiu o Cidade Alerta, que tinha voltado ao ar no ano anterior e passou a ser a "cara" do programa, criando bordões como o "Corta pra mim", além de dar apelidos para os repórteres do telejornal.
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