Hackers que invadiram sistema da Record pedem resgate milionário; saiba o valor

Os hackers que atacam o sistema da Record desde o último sábado (8) fizeram um pedido de resgate nesta segunda-feira (10) para a alta cúpula da emissora de Edir Macedo. A informação também chegou para os funcionários, que estão trabalhando sem a tecnologia à qual estão acostumados. Os invasores querem R$ 45 milhões.

Segundo apurou o Notícias da TV, a decisão sobre o pagamento está sendo analisada. Ao mesmo tempo, a equipe de TI (Tecnologia da Informação) da empresa tenta trabalhar para recuperar algumas áreas. O esforço inicial é para tornar a operação o mais próxima da normalidade e, quem sabe, barganhar um valor mais baixo com os hackers.

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O preço alto parece estar dentro de uma espécie de "tabela" usada para invasões do tipo.. No último mês de junho, a JBS, um dos maiores frigoríficos do país, afirmou que pagou R$ 57,1 milhões para hackers liberarem o funcionamento de seus computadores e acabar com o ataque cibernético que durou uma semana na empresa.

A Record tem colocado seus jornais ao vivo "na raça", segundo funcionários ouvidos pela coluna. O Balanço Geral, comandado por Reinaldo Gottino, foi levado ao ar com um esquema que não era usado desde a década passada para edição de reportagens. Durante o programa, o apresentador agradeceu toda a equipe pelo esforço. "Todo mundo aqui trabalhando, na raça, para colocar a melhor revista eletrônica das tardes no ar", disse ele. 

Os números em tempo real do Ibope não estão disponíveis na rede de Edir Macedo por causa do problema. Ou seja, as reportagens estão indo ao ar sem nenhum tipo de estratégia com base na comparação de audiência da concorrência.

Os invasores não deram nenhum tempo máximo de resposta para o pedido de resgate. Junto com a sede da Record em São Paulo, filiais de Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e a Record News sofrem com os problemas causados pelo ataque. 

A última edição do Domingo Espetacular precisou de um esquema especial para ser transmitido. O sistema digital interno da Record continuava fora do ar quando a revista eletrônica começou. Com isso, o jeito foi usar discos para colocar os conteúdos editados no ar "na mão" no switcher, o local onde se comanda a transmissão de um programa.

O ataque hacker na Record

Os primeiros problemas foram sentidos pela equipe da emissora na sexta-feira (7). Nas últimas 48 horas, os profissionais do Domingo Espetacular precisaram correr para recuperar o que foi perdido no ataque, com trabalho que avançou durante a madrugada.

Os conteúdos que ainda não tinham sido baixados para o servidor interno ou que estavam salvos em cards externos foram recuperados e reeditados para serem exibidos --ou seja, parte do trabalho que estava pronto foi perdido e precisou ser refeito.

A emergência se tornou pública na manhã de sábado (8), quando o Fala Brasil foi interrompido às 9h06, e episódios da série Todo Mundo Odeia o Chris (2005-2009) passaram no lugar.

A programação ao vivo foi retomada com o programa A Escola do Amor, da Igreja Universal do Reino de Deus. Nas concorrentes, o assunto repercutiu. A Globo reforçou os cuidados com segurança interna e soltou comunicado para os seus funcionários. 

Oficialmente, a Record segue sem se pronunciar sobre o assunto.