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REFORMULAÇÃO

Globo ressuscita núcleo enterrado com escândalo de Marcius Melhem

REPRODUÇÃO/TV GLOBO E RECORD

Montagem com Patrícia Pedrosa à esquerda e Marcius Melhem à direita

A diretora Patricia Pedrosa, de Cine Holliúdy, vai assumir cargo que já foi de Marcius Melhem

DANIEL FARAD

vilela@noticiasdatv.com

Publicado em 22/6/2023 - 20h41

A Globo anunciou na noite desta quinta (22) uma reformulação na sua estrutura em que voltará a ter um núcleo exclusivo para avaliar e produzir projetos de humor. A emissora já contou com um departamento voltado para o gênero, mas ele estava suspenso desde a demissão de Marcius Melhem --denunciado por assédio sexual e moral durante sua gestão como executivo.

Patricia Pedrosa, que assinou a direção artística de Cine Holliúdy e Todas as Mulheres do Mundo (2020), vai assumir o novo núcleo. Ela comandará a Direção de Gênero Humor e será responsável por desenvolver produções para todos os formatos e plataformas --incluindo conteúdo original para o Globoplay.

A diretora e roteirista também passou por A Grande Família (2001-2014), Chapa Quente (2015-2016) e A Fórmula (2017). Ela vai conciliar as novas atribuições com a conclusão de Lua Vermelha, série da qual participou desde a concepção --o projeto foi escrito por Rosane Svartman e Claudia Sardinha, e deve contar com Larissa Manoela como uma vampira.

Ao contrário do que acontecia na época de Melhem, o núcleo de Humor não estará ligado ao de Dramaturgia. Assim, Patricia trabalhará de maneira independente ao que é feito por José Luis Villamarim, que assumiu o gênero após a saída de Ricardo Waddington.

Amauri Soares, diretor dos Estúdios Globo, também anunciou a criação da Direção de Gênero Auditório. Mônica Almeida, que atualmente está produzindo o documentário de Xuxa Meneghel para o Globoplay, será a cabeça do departamento. Ela vai trabalhar diretamente com os apresentadores e diretores de Domingão com Huck, Caldeirão com Mion e Altas Horas.

Atualmente, programas de auditório estão sob o guarda-chuva de Variedades, comandado por Mariano Boni. Mônica, assim como Patricia, trabalhará em um setor independente --assim, Boni perde poder nos bastidores da emissora.

A emissora ainda vai contar com um Núcleo de Filmes de Janela Curta, que funcionará dentro da Direção de Gênero Dramaturgia e terá Raphael Cavalo como gerente de produção. José Luiz Villamarim acumulará as funções de "guardião" das novelas com a de produzir longas para atender às demandas da TV Globo e do Globoplay.

Filmes voltados para o cinema seguirão na alçada da Globo Filmes, que trabalhará em parceria com o núcleo de Janela Curta em diferentes projetos.

"A nova estrutura de gestão e criação dos Estúdios Globo trará maior sinergia e eficiência entre os nossos ativos e oportunidades para os talentos da Globo", avaliou Soares, em comunicado enviado à imprensa nesta quinta (22).

Atualmente, a rede dos Marinho já conta com os núcleos de: Reality, comandado com J. B. Oliveira, o Boninho; Variedades, sob gestão de Mariano Boni; Festivais e Eventos, na tutela de Raoni Carneiro; Diversidade e Inovação, com Samantha Almeida; Produção de Conteúdo, sob responsabilidade de Fabiana Moreno; e Talentos Artísticos, de Bernardo Portugal.

Escândalo jogou humor para escanteio

O escândalo de Melhem levou a uma paralisação dos projetos de humor da Globo, além do cancelamento de diversos programas produzidos ou reformulados sob sua gestão. Tá no Ar (2014-2019), Fora de Hora (2020) e o novo Zorra (2015-2020) foram diretamente atingidos.

O humorista é alvo de acusações de assédio sexual e moral contra subordinadas. Um grupo de seis mulheres, entre elas Dani Calabresa, é representado pela advogada Mayra Cotta.

Melhem alegou que teve relações consensuais com profissionais que trabalharam com ele nos bastidores, mas negou todos os apontamentos de abuso e importunação sexual.


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