FANTASMA DO FLOP
REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Bruna Marquezine como Catarina em Deus Salve o Rei, novela épica da Globo que virou marco como flop
REDAÇÃO
Publicado em 6/5/2019 - 8h30
Atualizado em 6/5/2019 - 10h26
A Globo vetou a proposta de uma nova novela apresentada por Claudia Gomes e Daniel Adjafre, que escreveu Deus Salve o Rei (2018). A sinopse da trama reprovada seria para o horário das 19h. Persistente, Adjafre deve apresentar uma nova ideia à direção. Claudia, por sua vez, será realocada em um outro projeto na emissora.
A informação foi divulgada pela colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo. Mas a explicação pode estar relacionada ao fantasma que pairou sobre o autor durante a novela medieval: a história não empolgou e foi marcada por uma vilã robótica, vivida por Bruna Marquezine e mocinhos sem sal.
O interesse inicial despertado pela temática medieval se esvaiu assim que a história começou. Com uma atuação robótica de Bruna Marquezine e um casal de mocinhos apáticos, o conto de fadas simplesmente não empolgou.
A produção, a edição caprichadas e os efeitos visuais caprichados foram ofuscados pela narrativa do folhetim, que ficou perdida entre o conto de fadas batido da plebeia que vira nobre e as guerras dos reinos da fictícia Cália.
A primeira vilã na carreira de Bruna Marquezine gerou no público a curiosidade de ver seu desempenho, sempre muito associado às mocinhas românticas e choronas. Mas Bruna parece ter se inspirado na escola Lívia Marini (Claudia Raia, em Salve Jorge, de 2012) de vilãs, confundiu frieza com atuação robótica e o desastre começou a se armar.
O diretor da novela, Fabrício Mamberti, assumiu o erro pela composição da vilã, e Bruna corrigiu seu trabalho, mas o estrago já estava feito. Faltou à vilã o carisma necessário para fazer com que o público se aproximasse de Catarina.
Romulo Estrela assumiu o papel central depois que Renato Góes se desentendeu com o diretor e pediu para sair antes mesmo de a trama ir ao ar. Em sua estreia como protagonista, o ator não fez feio, mas também não brilhou. Tal qual o rei Afonso a que deu vida, passou apático.
Já Marina Ruy Barbosa não fez nada além do esperado. Até porque Amália era o tipo de mocinha água com açúcar, sem maiores traços revolucionários ou exigências interpretativas.
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