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NOTA DE REPÚDIO

Globo recrimina jornalistas por comemorar derrota de Bolsonaro: 'Lamentável'

REPRODUÇÃO/TV GLOBO

William Bonner com uma gravata azul no Jornal Nacional

William Bonner na apresentação do Jornal Nacional: Globo repudia alegria por derrota de Bolsonaro na Redação

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 31/10/2022 - 16h30
Atualizado em 31/10/2022 - 17h30

A Globo criticou os jornalistas que comemoraram a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste domingo (30) dentro da Redação do Jornal Nacional. Em nota, a emissora ressaltou que não tem interesse em controlar intenções de voto dos colaboradores, mas frisou que os jornalistas deveriam se "autocontrolar".

O vídeo da comemoração foi vazado nesta segunda (31) e publicado em primeira mão pelo Notícias da TV. O momento mostra grande parte dos profissionais felizes, se abraçando e vibrando com a virada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Perfis bolsonaristas criticaram a manifestação nas redes sociais.

Na nota, a Globo disse que é uma empresa robusta e que não pretende fazer qualquer tipo de coação eleitoral. Mas entende que o grupo, pequeno aos seus olhos, poderia ter se controlado ao lembrar que estavam no local para trabalhar e não celebrar qualquer vitória eleitoral.

"A Globo tem cerca de 15 mil colaboradores, entre os quais 1500 profissionais que atuam no jornalismo. A empresa evidentemente não tem e nem pretende ter qualquer controle sobre as escolhas eleitorais de cada um desses profissionais, nem sobre como manifestam essa preferência em caráter privado", diz o comunicado.

"No entanto, a Globo lamenta que, no ambiente de trabalho, um pequeno grupo tenha, por alguns instantes, esquecido a necessária e habitual prática de autocontenção, em respeito à norma e aos nossos princípios editoriais", seguiu.

"É exatamente por meio desses princípios, compartilhados em nossas plataformas, que os brasileiros puderam testemunhar a isenção da cobertura jornalística da Globo ao longo de toda essa campanha", concluiu a nota.

Entenda o caso

Alvos de críticas e ataques do presidente Jair Bolsonaro, os jornalistas da Globo não esconderam a alegria pela derrota dele na tentativa de se reeleger. Um vídeo que viralizou no WhatsApp mostra abraços e comemorações na Redação do Jornal Nacional após Lula vencer o segundo turno das eleições presidenciais no último domingo (30).

As imagens estão sendo usadas por apoiadores de Bolsonaro para reforçar críticas pela cobertura supostamente parcial da Globo durante as eleições. Novos ataques contra a emissora já estão sendo feitos.

A celebração dos jornalistas aconteceu na Redação do Jornal Nacional, que estava reforçada e lotada para o longo dia de cobertura das eleições.

Nas imagens, é possível notar que a alegria começa logo após Lula virar os números da apuração e assumir o primeiro lugar na contagem de votos feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O fato aconteceu por volta das 19h. O órgão confirmou às 19h57 oficialmente a vitória do petista, que terá seu terceiro mandato como presidente do país.

"O primeiro presidente que não vai ser reeleito!", diz um jornalista aos gritos. "Acabou o inferno!", afirma outro. Entre os nomes mais conhecidos, e que podem ser identificados no vídeo, está o de André Trigueiro, comentarista da Globo especializado em Meio Ambiente e crítico ferrenho da política ambiental de Bolsonaro. Trigueiro abraçou um colega e sorriu para outro ao nitidamente comemorar o resultado.

Pelos princípios editoriais da Globo, a orientação para jornalistas é que eles não se manifestem efusivamente publicamente, principalmente nas redes sociais. A emissora também orienta que os profissionais não participem de atos de campanha dos candidatos. 

Veja o vídeo:

Vitória nas urnas de Lula contra Bolsonaro

Lula foi eleito presidente da República com 60.345.258 votos (50,9%), em uma disputa apertada com Jair Bolsonaro, o atual chefe do Executivo, que ficou com 58.205.917 de votos (49,1%). Foram contabilizados 5.700.427 votos brancos e nulos.

A partir de 1º de janeiro de 2023, Lula exercerá o cargo de presidente pela terceira vez. O petista já havia sido eleito em 2022 e 2006 para comandar o Executivo brasileiro, substituindo dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso e sendo sucedido por Dilma Rousseff. 


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