VALE A PENA VER DE NOVO
Divulgação/TV Globo
Priscila Fantin e Elizabeth Savala em Alma Gêmea, que será reprisada na Globo a partir de 6 de maio
Durou menos de três anos a norma da Globo de escalar reprises de novelas das seis e das sete para a faixa Edição Especial, e de folhetins das nove para o Vale a Pena Ver de Novo. Em 6 de maio, Alma Gêmea (2005) entrará no lugar de Paraíso Tropical (2007) no segundo horário de reapresentações. O motivo? Salvar a audiência das tramas inéditas da emissora.
Desde 2014, o Vale a Pena Ver de Novo virou uma peça essencial para o sucesso da grade noturna da Globo. Na ocasião, a emissora inverteu a faixa com os filmes da Sessão da Tarde --que eram exibidos depois das reprises vespertinas até então.
A premissa era óbvia: o público que gosta de novelas não desligaria a TV após o Vale a Pena, pois Malhação (1995-2020) viria na sequência e, logo depois, a trama das seis. Com o fim da soap opera adolescente, a importância da faixa ficou ainda maior --a reprise desemboca diretamente no folhetim das 18h.
Mas a estratégia também tem um ponto negativo: se a audiência do Vale a Pena Ver de Novo não for boa, a novela inédita das seis precisa fazer um verdadeiro milagre para tentar levantar os números.
É o que tem ocorrido agora com Paraíso Tropical: a história de 2007 acumula média de 12,3 pontos na Grande São Paulo até o momento. O Rei do Gado (1996), reprisada na faixa no mesmo período de 2023, saiu do ar com 17,3 --índices melhores do que os da inédita Elas por Elas (15,0 pontos).
Se a novela das seis tem pouco público, gera uma bola de neve para toda a programação noturna: a segunda edição do jornal local fica abaixo do esperado, que entrega mal para o folhetim das sete, que afeta o Jornal Nacional e, por fim, a trama das nove. O remake de Renascer, por exemplo, ainda não chegou aos 28 pontos.
O Notícias da TV apurou que executivos da Globo chegaram a analisar novelas das nove que poderiam substituir Paraíso Tropical no Vale a Pena Ver de Novo em maio, mas não viram potencial de audiência em nenhuma das opções. Preferiram recorrer a Walcyr Carrasco, dono de um toque de Midas e responsável pelos maiores sucessos da emissora na última década.
O fato de Alma Gêmea ter sido exibida originalmente na faixa das seis --e, portanto, não caber mais no Vale a Pena-- não chegou a ser encarado como um problema pelos diretores. A conclusão foi de que, se uma história é boa, o público topa assisti-la em qualquer horário.
Mas a opção da Globo de reprisar a história protagonizada por Priscila Fantin e Eduardo Moscovis a partir de maio pode não ser um bom indício para No Rancho Fundo, que estreia um pouco antes, em 15 de abril.
O folhetim de Mario Teixeira ficará suas três primeiras semanas no ar recebendo o público de Paraíso Tropical, e mais cinco dias com as duas reprises dividindo a faixa. Até Alma Gêmea conquistar uma audiência fiel e construir sua base de público, pode já ser tarde demais para a próxima novela das seis emplacar.
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