JORNALISMO
FOTOS: REPRODUÇÃO E FABIO ROCHA/TV GLOBO
Pedro Vedova deixará posto de corresponde de Londres da Globo; Murilo Salviano assume em agosto
Em mais uma dança das cadeiras na área de Jornalismo, a Globo informou nesta segunda-feira (2) uma mudança no posto de correspondente de Londres. Pedro Vedova, que atua na capital britânica desde 2014, será substituído por Murilo Salviano, repórter especial do Fantástico, a partir de agosto.
De acordo com o comunicado, Vedova assumirá a vaga em aberto de Salviano no dominical da emissora. O jornalista entrou na Globo pelo programa Estagiar em 2008. Quatro anos depois, ele passou a fazer reportagens no Núcleo de Reportagens Especiais do canal de notícias até assumir a correspondência.
Já Salviano começou a se destacar na GloboNews cobrindo os bastidores da política em Brasília. Em 2019, ele virou repórter especial do Fantástico e iniciou a produção de documentários para a Globo, entre eles BR 101: Uma Rodovia de Muitos "Brasis", em que cruzou o país dentro de um carro, durante 30 dias, com um cinegrafista.
Na semana passada, a Globo demitiu Carlos Tramontina e Chico Pinheiro. Os dois estavam na emissora há 43 e 32 anos, respectivamente. Nos últimos anos, a emissora também desligou outros veteranos, como Renato Machado, Alberto Gaspar, Ari Peixoto, José Hamilton Ribeiro, Eduardo Faustini, Isabela Assumpção e Linhares Júnior.
A principal causa das demissões dos jornalistas é a nova política de gestão da Globo, focada em cortar salários altos e substituir profissionais veteranos e caros por novatos baratos e produtivos.
A emissora, em seu projeto de se tornar uma media tech (empresa de comunicação com foco em tecnologia), está agindo como uma startup --que paga direitos trabalhistas, ressalte-se. Nessa nova Globo, não existe espaço para profissionais como o produtor Robinson Cerântula, demitido em outubro do ano passado após 28 anos ajudando a emissora a dar grandes furos jornalísticos, ou para Eduardo Faustini, ex-repórter "secreto" do Fantástico.
Esse processo de enxugamento e reestruturação não vai acabar. Profissionais que permanecem na casa já percebem um certo "sucateamento" do Jornalismo. E estão criando consciência de que cada vez mais terão de jogar na defesa e no ataque.
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