CAMPEONATO BRASILEIRO
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Dudu, ídolo do Palmeiras: clube paulista é o único a não ter nenhum contrato com a Globo
GABRIEL VAQUER
Publicado em 18/4/2019 - 17h15
A Globo aceitou pagar R$ 100 milhões em luvas para o Palmeiras, único grande clube que ainda não assinou com a emissora para o Campeonato Brasileiro. Mas a negociação segue travada porque o clube discorda da Globo em outros valores: o Alviverde também quer receber pelo menos 15% do valor arrecadado com assinaturas dos pacotes de pay-per-view, pelo canal Premiere.
A nova posição da Globo foi dada em uma reunião ocorrida na tarde de quarta-feira (17), em São Paulo, com a presença de Fernando Manuel Pinto, diretor de gestão do futebol no Esporte do Grupo Globo, e de diretores do Palmeiras --incluindo o presidente, Maurício Galiotte.
Durante a conversa, segundo apurou o Notícias da TV, a Globo aceitou pagar o mesmo valor em luvas (quantia extra dada pelo fechamento do acordo) que a Turner pagou ao time quando assinou contrato para transmissões na TV por assinatura, algo em torno de R$ 100 milhões.
Porém, a Globo entende que o Palmeiras é terceira força entre os clubes brasileiros e quer pagar menos do que o Corinthians e o Flamengo receberão em valores fixos, além de aplicar redutores no contrato com Alviverde --algo com que a diretoria não concorda.
Além disso, existe uma garantia acordada entre a Globo, o Corinthians e o Flamengo, de que os dois clubes, que têm as maiores torcidas, não vão receber menos do que qualquer outro rival. O acordo está selado no contrato celebrado para os direitos a partir de 2019.
O Palmeiras também não abriu mão de outras exigências, como um número mínimo de jogos veiculados na TV aberta e um valor base garantido com o pay-per-view. O Rubro-Negro e o Timão recebem 18,5% fixos pelas assinaturas, e o clube alviverde quer algo em torno de 15% a 16%.
A Globo discorda da porcentagem e quer pagar o Palmeiras de acordo com pesquisas de torcida. O time projeta que, se aceitar essas garantias, poderá ganhar pelo menos R$ 120 milhões, aumentando esse valor com o desempenho no campeonato e com assinaturas no Premiere.
Os executivos da Globo estão bem otimistas quanto à proximidade de um acordo com o clube. Já no Palmeiras prega-se cautela, até porque a situação financeira é bastante confortável, graças ao bom desempenho em bilheteria, ao patrocínio da Crefisa e ao acordo com a Turner na TV paga.
Procurados para comentar o assunto, o Palmeiras confirmou que a reunião aconteceu na quarta, mas reforçou que não comenta negociações. A Globo enviou nota em que diz que "as negociações com o Palmeiras seguem em andamento e não há necessariamente um deadline para encerrar as conversas".
O Palmeiras é o único clube da Série A do Brasileirão que ainda não assinou contrato com a Globo para transmissão na TV aberta e no pay-per-view (pelo Premiere). Já o Athletico-PR não cedeu à emissora os direitos para o PPV. Na TV paga, os jogos do alviverde pertencem à Turner, que desembolsará R$ 100 milhões neste ano para mostrá-los nos canais Space e TNT.
Nenhuma das 38 partidas do Palmeiras no Brasileirão poderá ser exibida na Globo ou no Premiere --as do Athletico também ficam fora do canal pago, caso não haja acordo com o time paranaense. O problema é que os assinantes do Premiere pagam, desde 1997 (quando o pay-per-view foi implantado), para ter todos os jogos, sem exceção. A assinatura atualmente varia de R$ 79,90 a R$ 109,90 mensais.
A situação se agrava porque não prejudica apenas os torcedores do Palmeiras e do Athletico-PR. Os corintianos e os flamenguistas, por exemplo, não verão seus times na televisão (em sinal aberto, canal pago ou pay-per-view) toda vez que o adversário for o Palmeiras, em casa ou fora. Contra o clube paranaense, o jogo só poderá ser visto se for ao ar na TV aberta.
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