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Izaquias Queiroz no Pan de 2019: com Record fora, edição de 2023 pode ir parar na ESPN
A Pan Am Sports, entidade que organiza os Jogos Pan-Americanos, ofereceu os direitos da próxima edição, que será realizada no Chile em 2023, para a ESPN. A competição está sem transmissão assegurada no Brasil desde que a Record rescindiu seu contrato em 2020 e alegou não ter condições de honrar os pagamentos durante o auge da pandemia de Covid-19.
O canal esportivo da Disney é a primeira investida da Pan Am Sports no mercado brasileiro desde o golpe financeiro que sofreu da emissora de Edir Macedo. Com a proximidade do Pan do Chile, espera-se que um acordo seja fechado em breve. Em países como Argentina e Colômbia, o Pan já tem contratos de TV acertados.
Segundo apurou o Notícias da TV, as conversas com a ESPN ainda são iniciais. Mas existe um interesse pela quantidade de eventos diferentes durante o Pan-Americano. O plano não seria apenas uma transmissão na TV paga, mas também através do Star+, plataforma de streaming da Disney.
Outras empresas devem ser procuradas nos próximos meses. O Pan de 2023 será realizado em Santiago, capital do Chile, entre 20 de outubro e 5 de novembro do ano que vem. Ao todo, 44 modalidades diferentes vão ser disputadas. Para o esporte brasileiro, o Pan é visto como o mais importante evento antes dos Jogos Olímpicos.
Enquanto tenta um novo acordo de TV no Brasil, a Pan Am Sports segue com seu processo judicial contra a Record. Em 2020, a emissora rescindiu unilateralmente o contrato de exclusividade que tinha para a transmissão do Pan, que fazia parte de sua programação desde 2007. A crise financeira causada pela Covid-19 e o argumento de que não queria mais investir em esportes foram as desculpas dadas naquele momento.
Com isso, a Pan Am Sports entrou com processo no Brasil para receber os US$ 9,8 milhões (R$ 47,8 milhões na cotação atual) que eram devidos da emissora. Segundo a Pan Am, US$ 4,8 milhões foram repasses da Record que estavam atrasados em 2019. Os outros US$ 5 milhões são referentes a valores que não foram pagos já em 2020.
"Este é certamente um golpe financeiro. Iniciamos ações judiciais no Brasil, estamos seguindo o rumo jurídico. Vamos ao mercado para vender os direitos para Santiago. Perdemos parte da receita da Record, mas vamos garantir que o impacto econômico seja o mínimo possível", disse o secretário-geral da entidade, Ivar Sisniega, na época.
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