MEMÓRIA DA TV
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
Após fazer sucesso na Band, Luciano Huck foi contratado pela Globo em 1999
Publicado em 27/6/2021 - 6h15
Luciano Huck despontou na TV na metade dos anos 1990, com apenas 23 anos, quando já era um bem-sucedido empresário. Em 1996, quando foi para a Band, um de seus objetivos era resgatar o espírito do Perdidos da Noite, que havia revelado Fausto Silva, justamente a quem substituirá em breve na Globo.
Nascido na capital paulista em 3 de setembro de 1971, Huck veio de uma família com recursos financeiros. Ainda jovem, se tornou dono do Bar Cabral, que atraía a jovem elite paulistana, entre outros empreendimentos.
Em 1995, após se destacar com uma coluna no Jornal da Tarde e com um programa na Jovem Pan, estreou na televisão com um quadro no programa Perfil, que Otávio Mesquita comandava no SBT.
No mesmo ano, Huck estreou a própria atração. Era o Circulando, uma espécie de revista eletrônica diária, exibida pela nanica CNT. Entre um quadro e outro, ele visitava baladas na noite paulistana, mostrando os destaques da juventude da época.
No início de 1996, o programa foi parar na Band, que estava de olho no potencial publicitário e de audiência do jovem talento. "Em cinco meses, pulamos da sétima emissora para a terceira, que cobre 96% do território nacional", comemorou o apresentador em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo de 21 de janeiro daquele ano.
REPRODUÇÃO/BAND
Faustão no Perdidos na Noite, da Band
Meses depois, em agosto de 1996, com bons resultados obtidos para os padrões da Band, Huck foi convidado a ter outro programa na emissora.
Inicialmente, o próprio Circulando seria reformulado, deixando de ser noturno para ganhar um espaço ao vivo nas tardes do canal, com direito a plateia para até 200 pessoas.
O curioso é que, de acordo com reportagem do Estadão de 18 de agosto de 1996, o principal objetivo do novo programa era resgatar o clima de baderna do Perdidos na Noite, comandado por Fausto Silva, que acaba de deixar a Globo após 32 anos de Domingão do Faustão.
No final das contas, esse era o embrião do H, que estreou em 14 de setembro de 1996, aproveitando uma brecha na grade da Band no início da tarde.
O resto da história praticamente todo mundo conhece: o H fez sucesso, Huck virou a maior estrela da Band no final dos anos 1990, revelou personagens como Tiazinha (Suzana Alves) e Feiticeira (Joana Prado) e, ao ser exibido no horário nobre, chegou a alcançar 15 pontos de audiência.
Aos 27 anos, Luciano já havia passado do primeiro milhão de dólares. Naquela época, faturava uma média de R$ 120 mil por mês na televisão, entre salários e merchandising, além de embolsar mais de R$ 80 mil mensais com outros negócios, incluindo revista, programa de rádio, restaurantes, empreendimentos imobiliários, site na internet e comerciais.
Em julho de 1999, a Globo começou a assediar Huck, ao mesmo tempo em que contratava nomes como Serginho Groisman, Ana Maria Braga e Jô Soares, num dos maiores ataques da emissora à concorrência.
Antes de fechar com a Globo, Luciano flertou com o SBT, que queria um substituto para o comandante do Programa Livre. Mas não rolou: o contrato com o apresentador foi assinado em setembro daquele ano, com o Caldeirão do Huck estreando em 2000. Após mais de 21 anos, um novo capítulo será iniciado nessa trajetória daqui a alguns meses.
© 2024 Notícias da TV | Proibida a reprodução
Mais lidas
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.