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MEMÓRIA DA TV

Daria certo? Se fosse eleito presidente, Silvio Santos não deixaria a televisão

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Silvio Santos faz joinha em parada do Dia das Crianças

Dono e apresentador do SBT, Silvio Santos tentou se candidatar à presidência em 1989

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 13/3/2022 - 6h20

Em anos de eleição presidencial, como 2022, os mais velhos sempre se lembram da tentativa de Silvio Santos de se candidatar à Presidência da República em 1989. O animador chegou a aparecer no horário eleitoral gratuito, mas teve sua candidatura impugnada.

Após enfrentar problemas de saúde no ano anterior, Silvio oficializou sua candidatura em 31 de outubro de 1989, pelo nanico Partido Municipalista Brasileiro. O vice seria Marcondes Gadelha, que já havia sido deputado e era senador pela Paraíba.

Até então, o candidato do partido era Armando Corrêa (1931-2000), que acabou substituído pelo apresentador, gerando uma confusão na célula de papel que seria usada pelos eleitores, já que não haveria tempo hábil para mudança.

As pesquisas eleitorais começaram a indicar que Silvio Santos entrava no pleito já em primeiro lugar, superando o então líder, Fernando Collor.

No entanto, os concorrentes logo fizeram diversos pedidos de impugnação da candidatura, o que foi aceito por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que considerou o partido ilegal. Dessa forma, o sonho do apresentador foi encerrado, e Collor foi eleito.

Plano para continuar no ar

Se ganhasse a eleição, Silvio Santos já tinha um plano montado para que deixasse gradualmente a programação do SBT --naquela época, ele ocupava praticamente todo o domingo, como acontecia desde os anos 1960.

No projeto, em vez de de ficar boa parte do dia no ar, o dono do SBT teria apenas um programa, bem menor que o habitual na época.

"Sugerimos ao Silvio. E ele está pensando se aceita ou não. Seria um programa de uma hora e vinte minutos de duração, nos moldes do quadro Show de Prêmios, com farta distribuição de eletrodomésticos, bicicletas, motos, casas e automóveis, entremeado com a parte musical. Ele gostou da ideia", afirmou à Folha de S.Paulo o apresentador Carlos Alberto de Nóbrega, que também era o diretor artístico da emissora na época.

A preocupação tinha razão: carro-chefe do SBT, o Programa Silvio Santos brigava pela liderança e era responsável por 30% do faturamento da casa.

"Aos pouquinhos, a emissora deveria contratar outros animadores, como César Filho, e apresentadores como Ney Gonçalves Dias para dividir com Silvio a carga do programa. Porque amanhã se ele quiser ser governador, presidente ou senador, só fará falta por uma hora", completou Nóbrega.

Continuou no ar

O plano não se concretizou e, apesar de outras promessas de que se retiraria do vídeo, Silvio continuou firme e forte no ar, tendo sucessos como Topa Tudo por Dinheiro (1991-2001), Show do Milhão (1999-2003; 2009; 2021), Casa dos Artistas (2001-2004) e muitos outros.

O animador chegou a reduzir seu tempo no vídeo, no início dos anos 2000, mas retomou o espaço a partir de 2008, quando estreou a nova fase do Programa Silvio Santos, com quatro horas de duração, no mesmo formato que segue até os dias atuais.

No entanto, ele precisou se afastar da TV em 2020, quando estourou a pandemia da Covid-19. Após várias reprises e uma tentativa de retorno aos estúdios da emissora no final de julho de 2021, o veterano pegou o coronavírus e deixou o comando do programa com a filha Patrícia Abravanel.


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