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'PICO ISOLADO'

CNN Brasil enfrenta surto de coronavírus e rebate denúncias de negligência

REPRODUÇÃO/CNN

A jornalista Monalisa Perrone no Expresso CNN

Monalisa Perrone apresenta o Expresso CNN; jornalista testou positivo e foi afastada no último dia 12

REDAÇÃO

redacao@noticiasdatv.com

Publicado em 25/10/2020 - 17h53

O retorno ao trabalho presencial na redação da CNN Brasil, na capital paulista, teria causado um surto de Covid-19 entre os seus funcionários. São mais de 30 infectados em duas semanas, segundo denúncia do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo. O canal de notícias confirma os casos, mas afirma que se trata de um "pico isolado".

A associação alega que enviou à empresa um ofício com reivindicações para evitar novas contaminações, porém a emissora teria "ignorado" a maior parte delas. A principal reclamação é a falta de medidas adequadas para preservar a segurança de seus colaboradores ao suspender o trabalho remoto.

O sindicato ainda avalia relatos de "negligência" em afastar profissionais que tiveram contato com colegas que testaram positivo para a doença. O âncora de um dos jornais continuou a trabalhar presencialmente mesmo depois de sua parceira de bancada ter sido afastada no último dia 12.

De acordo com a entidade, o jornalista compareceu à redação por mais dois dias, até testar positivo para a doença.

"Sua maquiadora estava trabalhando. A sala de maquiagem não tem ventilação, e boa parte dos que lá trabalham deixando de usar máscaras boa parte do tempo. O resultado é que, ao que tudo indica, o lugar virou um vetor de contaminação", diz o comunicado enviado à imprensa.

Com a redação cheia, os números de infectados se multiplicaram com baixas entre analistas, apresentadores, maquiadores, camareiras e o chefe do figurino. Alguns editores também foram afetados.

O que diz a CNN?

Em nota, a CNN confirma que registrou um "pico isolado de casos de Covid-19 entre seus funcionários e colaboradores em sua sede em São Paulo". Os médicos do trabalho que assessoram o canal acreditam que as contaminações realmente ocorreram em um dos camarins da emissora --a área foi submetida à desinfecção e todos os funcionários do setor foram afastados por segurança.

O canal de notícias rebate as acusações de negligência, ressaltando que adotou um "sólido conjunto de medidas de proteção, seguindo protocolos dos governos municipal, estadual e federal, além de contar com o respaldo de médicos especialistas".

A limpeza e desinfecção de todos os ambientes da empresa é feito com um produto indicado para áreas hospitalares, com eficiência comprovada contra o coronavírus. A empresa afirma que também fornece máscaras descartáveis, além de distribuir álcool gel, assegurar distanciamento entre estações de trabalho, medir a temperatura e a saturação de oxigênio diária de toda equipe.

Casos confirmados

Gabriela Prioli, Leandro Karnal e Monalisa Perrone foram afastados por conta da Covid-19 no último dia 13. A âncora do Expresso CNN chegou a apresentar a atração no dia anterior e, segundo o canal, as pessoas que tiveram contato com a jornalista ficaram em observação nos dias seguintes --obedecendo o protocolo de segurança contra transmissão do coronavírus da própria empresa.

Taís Lopes, que apresenta o Jornal da CNN, foi um dos casos mais recentes. Ela acreditou que estava com rinite por causa das mudanças do clima em São Paulo, mas decidiu fazer o testo após perder o olfato e o paladar.

Em maio, Mari Palma foi uma das primeiras profissionais afastadas por conta do vírus, na época em que dividia a bancada do Live CNN com o namorado Phelipe Siani. O jornalista não apresentou sintomas, mas também cumpriu as recomendações de isolamento por precaução.

Leia o comunicado da CNN na íntegra

Na semana retrasada, a CNN Brasil registrou um pico isolado de casos de Covid-19 entre seus funcionários e colaboradores em sua sede em São Paulo, conforme noticiado e confirmado pela empresa. Apesar de ser impossível uma conclusão definitiva, os médicos do trabalho que assessoram a CNN acreditam que o pico ocorreu em um dos camarins da emissora, apesar de todas as medidas de precaução adotadas. A área foi isolada e submetida a desinfecção e todos os funcionários do setor, afastados por segurança

A CNN Brasil adota, desde o primeiro dia de sua operação, um sólido conjunto de medidas de proteção, seguindo protocolos dos governos municipal, estadual e federal, além de contar com o respaldo de uma equipe de médicos especialistas.

Entre as medidas destacamos o afastamento de todos que fazem parte de grupos de risco para a Covid-19. Por exemplo, o jornalista William Waack, um dos principais nomes da emissora, por ter mais de 60 anos, trabalha de casa desde a primeira semana de operação da CNN. A medida foi tomada por iniciativa da emissora, tanto no caso dele, quanto nos demais afastados.

Realizamos também o afastamento preventivo de todos os que apresentem sintomas compatíveis com a Covid-19 ou que tenham contato próximo com pessoas infectadas, seja na empresa, seja na própria família. Todos realizam testes custeados pela empresa. Essa tem sido a política desde o início das operações.

Também realizamos a limpeza e desinfecção de todos os ambientes da empresa com o Peroxid 4D, produto indicado para desinfecção hospitalar, que tem sua eficácia comprovada contra o COVID-19. O produto passou por testes alinhados aos protocolos da Organização Mundial da Saúde. Seguimos as orientações de aplicação do manual de higiene e limpeza para serviços de saúde da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

Garantimos também o fornecimento de máscaras descartáveis, distribuição de álcool em gel nas mesas, distanciamento das estações de trabalho, medição de temperatura e saturação de oxigênio diária de toda a equipe, disponibilização de enfermeiros no ambiente de trabalho e acompanhamento médico personalizado para todos os casos suspeitos ou comprovados de Covid-19.

Além disto, foram feitas várias campanhas com orientações sobre os cuidados a serem tomados por todos, como a utilização de máscaras durante o expediente. Estas orientações, além de serem enviadas por comunicado eletrônico, foram afixadas em diversos pontos da empresa.

A CNN Brasil sempre foi diligente em tomar todas as medidas possíveis para garantir a segurança de seus funcionários. Por isso mesmo, passamos várias semanas sem nenhum caso da doença. Enfrentar a COVID-19, uma das pandemias mais contagiosas que se tem notícia, é um desafio de todo o planeta, que já contabiliza mais de 40 milhões de casos confirmados.

Quando houve o registro dos casos na semana retrasada, as medidas de higienização e testagem foram intensificadas. A aplicação do Peroxid 4D passou a ser feita a cada duas horas em toda a empresa. Foram submetidos a exame todos os que tiveram contatos com algum dos positivos. Foram mais de 130 exames realizados, a maioria absoluta com resultados negativos. Isso mostra que houve um pico de contaminação, mas que as medidas adotadas surtiram efeitos. A situação está controlada.

A CNN Brasil trata o assunto com transparência. Ninguém tem o poder de interromper a pandemia. O que temos a obrigação de fazer, e fazemos, é trabalhar para reduzir ao máximo as possibilidades de transmissão.

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