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DIREITOS DE TRANSMISSÃO

Cade renova investigação contra 'monopólio da Globo' parada desde 2021

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Galvão Bueno com uma camisa azul em uma foto de divulgação da Globo

Galvão Bueno é o principal nome esportivo da Globo: Cade renova investigação parada desde 2021

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 13/10/2022 - 6h35

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) prorrogou por mais 60 dias um inquérito que investiga um suposto monopólio nos direitos de transmissão de eventos esportivos da Globo. O procedimento está parado há um ano e meio --a última diligência foi feita em maio de 2021. Desde então, o conselho apenas renova a investigação sem apresentar novos elementos sobre o assunto. 

O Notícias da TV teve acesso exclusivo ao documento que esticou a investigação até maio. A Superintendência-Geral do Cade entendeu que é preciso mais tempo para analisar os documentos. É a mesma justificativa que foi dada nas últimas quatro renovações do inquérito. 

"Tendo em vista as especificidades do setor, o volume de informações constantes dos autos, as demais circunstâncias do caso concreto e a necessidade de complementação da instrução realizada, faz-se necessário tempo adicional para que os elementos trazidos aos autos possam ser analisados com a profundidade necessária e esperada", diz o documento.

A decisão não traz mais detalhes sobre o motivo da demora. A última movimentação processual do caso foi em 14 de maio de 2021, quando a Globo respondeu ao Cade sobre o assunto e questionou o tempo de duração extenso do inquérito.

Segundo a emissora, a atual direção do Cade apenas ressuscita um velho assunto que já foi investigado várias vezes --sobre o qual nada teria sido encontrado contra a Globo. O órgão ignorou os argumentos e já renovou o processo outras quatro vezes sem novos elementos. 

A briga Cade x Globo

O Cade começou a averiguação de um possível monopólio esportivo da Globo em 2019. Inicialmente, tratava-se de um inquérito para esclarecer a suposta desvantagem do contrato do Fortaleza com a WarnerMedia para o Brasileirão. Em 2020, porém, o conselho transformou um caso em investigação contra a Globo. A WarnerMedia já deixou de ter contrato para fazer a principal liga de futebol nacional. 

Clubes alegaram receber menos dinheiro da Globo por terem fechado com a Warner. A emissora argumentou que essa questão já estava esclarecida numa investigação feita pelo próprio Cade em 2016. O órgão seguiu com o inquérito mesmo assim e tentou correr atrás até de acordos sobre torneios de vôlei.

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) chegou a defender a Globo e afirmou que a emissora é a única que cumpre contratos com a modalidade e que não vê monopólio. O mesmo ocorreu com outros clubes de futebol consultados pelo Cade.


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