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BRIGA DE FAMÍLIA

Suzy Camacho: Justiça rejeita denúncia contra ex-atriz da Globo acusada de golpe

REPRODUÇÃO/SBT

Suzy Camacho com uma blusa vermelha no programa Quem Convence Ganha Mais, do SBT

Suzy Camacho: ex-atriz da Globo tem denúncia de golpe contra o ex-marido rejeitada pela Justiça

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 28/9/2022 - 17h39

A 27ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou a denúncia do Ministério Público paulista contra a ex-atriz da Globo e ex-apresentadora do SBT Suzy Camacho. Ela era acusada de falsificar documentos do seu então marido, o empresário Farid Curi, que morreu neste mês aos 85 anos, e de tentar vender sua mansão para ficar com o dinheiro da operação. 

O Notícias da TV teve acesso à decisão assinada pela juíza Luciana Piovesan. No documento, a magistrada afirma que não há provas nem indícios claros de que Suzy tenha falsificado atestados que comprovavam a saúde mental e física frágil de Farid. Ela entendeu que os laudos, que passaram por perícia, eram verdadeiros. 

"As afirmações não encontram fundamento e nem mesmo início de prova e, portanto, não autorizam o recebimento da denúncia, por sequer indicarem à presença de indícios de autoria dos crimes e prova de suas materialidades", afirmou a magistrada na decisão. 

Ela também completou o seu entendimento ao falar que faltou aos filhos de Farid, que são os autores da ação, explicarem melhor do que acusam a companheira de seu pai. A denúncia foi considerada frágil e inconsistente, na visão da juíza. 

"De tudo, por, no entender deste juízo, sequer trazidos com a denúncia os indícios da prática pela acusada das condutas que lhe são imputadas, por não haver tampouco prova da materialidade das infrações, inviável se imponha à denunciada o constrangimento de responder a esta ação penal", comentou. 

"Esta acusação formal que se volta contra a acusada e, em que pese o posicionamento do Ministério Público, entendo que a inicial acusatória não propicia um juízo de admissibilidade positivo, devendo ser, pois, rejeitada de plano", concluiu a juíza. O caso ainda cabe recurso.

Acusada de golpe 

Suzy se casou com o empresário em 2013, quando ele tinha 76 anos. Ele ficou conhecido por ter sido um dos sócios da rede de supermercados Atacadão até 2007, ano em que a companhia foi vendida por mais de R$ 2 bilhões ao Carrefour. Por Farid ter mais de 70 anos, o regime foi obrigatoriamente de separação total de bens.

Em 2020, antes de Farid ser hospitalizado, Suzy o levou a três neurologistas renomados para que eles atestassem a capacidade de raciocínio e a memória do marido. Os três deram atestados semelhantes e indicaram que ele tinha capacidade condizente para alguém da idade dele. Os especialistas, no entanto, não foram informados que a avaliação seria usada para um laudo.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, antecipada pelo UOL, ela teria usado os atestados para enganar a Justiça e movimentar R$ 10,9 milhões da conta do empresário após a liberação do valor de um fundo de investimentos. Em documentos obtidos pela Record, os médicos disseram à polícia que se sentiram ludibriados pela atriz.

Os filhos de Curi alegaram em 2020 que a saúde do pai se deteriorava e pediram o bloqueio da liberação dos recursos, que naquela época já tinham sido requeridos por Suzy. Ela, no entanto, conseguiu reverter o processo usando os atestados que seriam, segundo a acusação, ideologicamente falsos e ficou com o dinheiro.

Em 2021, três enteados de Suzy protocolaram uma queixa-crime contra a psicóloga por "fatos praticados ao longo do ano de 2020". O caso foi para a 3ª Vara Criminal de São Paulo e colocado em segredo de Justiça.

A ação inicial foi rejeitada porque os filhos de Farid Curi perderam o prazo de seis meses entre o suposto crime de ofensa e o registro da queixa, que foi rejeitada antes mesmo de ser examinada. No entanto, a defesa de Alfredo, Beatriz e Rodrigo, filhos de Farid Curi, não aceitou a justificativa e recorreu em segunda instância.

O caso foi analisado pelos desembargadores da 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo; o Notícias da TV teve acesso à decisão, de 8 de junho. Já na ocasião, a Justiça entendia que não havia provas contra Suzy. 


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