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BRIGA EM BRASÍLIA

Em cruzada contra Globo, Cade renova inquérito de monopólio parado desde abril

REPRODUÇÃO/GLOBO

Galvão Bueno nos estúdios da Globo no Rio de Janeiro, com camisa azul e calça marrom, apresentando um jogo de futebol na Globo

Galvão Bueno em transmissão de futebol da Globo: Cade investiga possível monopólio esportivo

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 20/7/2021 - 7h00

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) prorrogou por mais 60 dias um inquérito administrativo que investiga se a Globo tem monopólio nas transmissões esportivas. O despacho com a renovação do prazo foi publicado na última sexta-feira (16). O processo, no entanto, está parado desde abril, sem nenhuma nova diligência ou investigação.

Sua última movimentação antes da renovação foi uma antiga prorrogação do processo, ocorrida em maio. A nova renovação surpreendeu técnicos do Cade ouvidos pela reportagem do Notícias da TV. Esperava-se que ele fosse arquivado por falta de provas do objetivo inicial da investigação. Até o momento, o órgão não encontrou indício sobre um monopólio da Globo no setor.

O inquérito agora está prorrogado até setembro. Na semana passada, o Cade nomeou seu novo presidente, Alexandre Macedo. Ele já foi superintendente-geral do Conselho, cargo que agora está vago com sua promoção, e uma decisão deve ser tomada até o fim de julho.

A expectativa é de que as investigações voltem a andar com o novo comandante e a definição para a cargo em aberto. Procurado pela coluna, o Cade disse que não comenta inquéritos em andamento, mas confirmou que ele segue em curso.

Como o caso começou

O Cade começou a investigação sobre possível monopólio esportivo da Globo em 2019. Inicialmente, ele era um inquérito para esclarecer a suposta desvantagem de contrato do Fortaleza com a WarnerMedia para o Brasileirão. Em 2020, porém, o conselho transformou um caso em investigação contra a Globo.

O motivo foi que clubes alegaram receber menos dinheiro da Globo por terem fechado com a Warner. A Globo argumentou que essa questão já estava esclarecida, numa investigação feita pelo próprio Cade em 2016. O órgão seguiu a investigação mesmo assim e tentou correr atrás até de acordos sobre torneios de vôlei.

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) chegou a defender a Globo afirmou que a emissora é a única que cumpre contratos com a modalidade e que não vê monopólio. O mesmo ocorreu com outros clubes de futebol consultados pelo Cade.

O órgão também está de olho e quer investigar a Globo sobre um possível monopólio no entretenimento e questiona se a emissora fecha exclusividade com atores só para impedir que Netflix e Amazon contratem nomes relevantes. 


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