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FUTEBOL GLOBAL

Cade ressuscita guerra contra a Globo e renova investigação de 'monopólio'

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Galvão Bueno com uma blusa azul e terno azul, em um fundo verde, sorrindo para a câmera

Galvão Bueno, principal narrador de futebol da Globo: Cade renova investigação sobre monopólio

GABRIEL VAQUER, colunista

vaquer@noticiasdatv.com

Publicado em 2/12/2021 - 13h30

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) decidiu prorrogar até 2022 um processo que investiga se a Globo tem o monopólio dos direitos de transmissão do futebol brasileiro. O prosseguimento do caso chama a atenção por um motivo: desde abril, o órgão governamental não faz diligências sobre o assunto. Ou seja, a investigação está parada há sete meses.

O Notícias da TV teve acesso ao pedido para que as investigações continuassem. Em nota técnica assinada pelo coordenador-geral do Cade, Felipe Neiva Mundim, a solicitação afirma que o material colhido é muito complexo e que precisa de minuciosa análise para se ter um parecer mais correto.

"Tendo em vista as especificidades do setor, o volume de informações constantes dos autos, as demais circunstâncias do caso concreto e a necessidade de complementação da instrução realizada, faz-se necessário tempo adicional para que os elementos trazidos aos autos possam ser analisados com a profundidade necessária e esperada", diz o documento.

Com benção da superintendência-geral do Cade, que concordou com o argumento, a renovação das investigações foi concedida sem maiores questionamentos.

"Tendo em vista as circunstâncias do caso concreto apontadas na Nota Técnica supracitada, decido pela prorrogação do presente Inquérito Administrativo", determinou o Cade.

A briga Globo x Cade no futebol

O Cade começou a investigação sobre possível monopólio esportivo da Globo em 2019. Inicialmente, se tratava de um inquérito para esclarecer a suposta desvantagem do contrato do Fortaleza com a WarnerMedia para o Brasileirão. Em 2020, porém, o conselho transformou um caso em investigação contra a Globo.

Clubes alegaram receber menos dinheiro da Globo por terem fechado com a Warner. A emissora argumentou que essa questão já estava esclarecida, numa investigação feita pelo próprio Cade em 2016. O órgão seguiu com o inquérito mesmo assim e tentou correr atrás até de acordos sobre torneios de vôlei.

A CBV (Confederação Brasileira de Vôlei) chegou a defender a Globo e afirmou que a emissora é a única que cumpre contratos com a modalidade e que não vê monopólio. O mesmo ocorreu com outros clubes de futebol consultados pelo Cade. A Globo diz que já foi investigada sobre o assunto outras vezes e que nada foi comprovado. 


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