Atriz dedicada? Jade Picon topa fazer pela arte o que Marina Ruy Barbosa recusou

Muito criticada enquanto dava vida a Chiara na novela Travessia (2022), Jade Picon mostrou que está disposta a qualquer coisa para se provar como atriz. Neste sábado (10), ela afirmou que toparia até raspar os cabelos para um papel --algo que Marina Ruy Barbosa, uma das atrizes mais elogiadas de sua geração, já se recusou a fazer.

Durante participação no Caldeirão com Mion, Jade falou sobre seu novo visual --ela tingiu os cabelos de loiro para protagonizar o filme Cinco Júlias ao lado de Ayomi Domenica, Ananda Morais, Sanny Feijó e Valentina Daniel.

"Jade, você tá se preparando para uma nova personagem. O cabelo loiro já é parte disso?", questionou Marcos Mion. "Totalmente dela [da personagem]", concordou a ex-BBB. "É mesmo?", insistiu o apresentador. "É. Loiríssima, né?", disse a irmã de Leo Picon, que também apareceu no programa da Globo.

CINTHIA TOLEDO

Jornalista da Globo quebra protocolo, aproveita para realizar sonho e tieta Junior

ANA LUIZA GUIMARÃES

Âncora da Globo faz Bonner cair na risada ao revelar como fugiu de golpe da CNH

"Até a sobrancelha eu pintei! Eu tô muito animada, muito feliz. Eu falei já que eu faria qualquer coisa no meu cabelo pela profissão. Raspar, ficar loira, ruiva...", se empolgou Jade, olhando diretamente para a câmera. "Tô adorando."

"Uma pergunta: é pra TV? É pra cinema?", interveio Mion. "Eu não posso falar nada ainda!", cortou a influenciadora, que ainda não tinha falado sobre o projeto na gravação do programa, mas agora já contou que se trata de uma adaptação do livro de Matheus Souza --que também vai dirigir o longa.

Na última quarta (7), Jade Picon deu os primeiros detalhes sobre o trabalho. Além de fotos com as outras quatro protagonistas, ela publicou alguns cliques em que aparece dentro de uma biblioteca caracterizada como a personagem e abraçada com seu possível interesse romântico na obra, o ator Nicolas Ahnert.

O livro, que já é a adaptação de uma peça de Matheus Souza, conta a história de cinco meninas que, em uma noite chuvosa no Rio de Janeiro, encontram-se após uma série de incidentes.

Cada uma tem o seu motivo, mas todas querem fugir da cidade o quanto antes. Assim, elas partem num carro de autoescola para São Paulo, numa viagem que é descrita como hilária e intensa, sofrida e maravilhosa --como a própria adolescência.

Marina ficou marcada por rejeitar careca

Mais de uma década já se passou desde o fim de Amor à Vida (2013), mas Marina Ruy Barbosa ainda é perseguida pelo fato de não ter aceitado raspar os cabelos para representar o tratamento de sua personagem, Nicole, que descobria um câncer no meio da novela.

O autor Walcyr Carrasco ficou tão revoltado com a recusa da ruiva que matou a personagem e a transformou em um fantasma pelo resto do folhetim --os dois nunca mais trabalharam juntos.

Em 2020, Marina explicou que, no momento de assinar o contrato para a novela, não tinha sido avisada de que precisaria passar pela transformação, mas que toparia raspar os cabelos se a história fosse condizente --ela não sentiu que seria o caso.

"'Desisti' [de raspar], pois o que tinha sido combinado e dito para mim sobre a história, sobre a personagem, não foi feito. Não foi uma decisão irresponsável, muito menos leviana. Após uma longa conversa com a direção da emissora da época, chegamos juntos a essa conclusão, de que não fazia sentido pela forma como tudo estava sendo tratado", justificou a atriz.

Ela ainda disse que se cortasse o cabelo para viver o drama de Nicole, a trama poderia atingir os limites do sensacionalismo.

"Do lado de cá, com as informações que eu tinha, de uma coisa estava certa: como atriz, não queria só o sensacionalismo. E como menina/mulher aos 17 anos, só valeria à pena se fosse para tratar da doença com muito respeito e atenção, e fazer uma ação social sobre câncer linfático", completou.

"Admiro a minha coragem de questionar, de me arriscar e enfrentar tudo que aconteceu depois, mesmo há oito anos. Acho que muita coisa mudou de lá para cá, e hoje ninguém é mais inacessível e essas hierarquias são tratadas de uma forma bem mais saudável nos ambientes de trabalho. No entanto, possuo total respeito e admiração pelo trabalho do Walcyr, um autor que considero muito talentoso", finalizou.