Marcos Mion esnoba críticas sobre Caldeirão: 'A gente sabe onde vai chegar'

Dois anos após ter chegado à Globo de maneira temporária para substituir Luciano Huck no Caldeirão, Marcos Mion finalmente estreia neste sábado (16) um programa com a sua cara. Repaginado desde a logomarca até o cenário, o novo Caldeirão com Mion --ou Caldeirola, para os mais íntimos-- é fruto da imaginação do apresentador, que não se deixou abalar com as críticas pela demora para ter uma atração feita sob medida.

"Aprendi que aqui na Globo é tudo um processo [demorado], que é para ser com essa qualidade que vocês estão vendo", explicou ele durante uma conversa com o Notícias da TV.

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Nos últimos dois anos, o Caldeirão era um mistura de praticamente quatro quadros, que se revezavam aos sábados: Tem ou Não Tem, Sobe o Som, TV Teca e Caldeirola. A repetição do formato e a maneira com que iam ao ar fizeram com que o programa recebesse algumas críticas na internet.

Mion explicou que, além de haver uma demora natural para fazer algo novo na Globo, o fato de produzir três programas por dia também era um complicador: "O Caldeirão é gravado com antecedência. A gente já tinha um quadro novo, a gente já tinha gravado, mas ele só entra daqui a três semanas porque tem toda uma frente de gravação. Então, tudo tem o seu tempo".

"A gente tá muito ligado e conectado com isso. Não é falta de investimento ou preguiça. É tudo muito pensado e calculado da melhor forma possível. Pra agradar à audiência offline, à audiência online e aos nossos anseios criativos também", disse o apresentador.

Marcos Mion segue como a maior audiência do seu horário e é responsável por alavancar os números do começo da noite. Por isso, há um cuidado maior na hora de mexer em um time que está ganhando. A Globo investe cada vez mais para tornar o comunicador a cara do sábado.

"O Mion é um cara extremamente verdadeiro, que deixa de fato as emoções virem de uma maneira muito natural. Isso faz dele alguém diferente de muitos apresentadores que estiveram na televisão. Ele não tem receio de chorar, de se emocionar e, quando tem algo para falar, fala e se deixa liberto para que essas emoções saiam naturalmente", elogiou o diretor Geninho Simonetti.

Apesar dos bons números e da boa repercussão dentro da emissora, Mion não senta na vantagem: "A gente já vem pensando em como postergar esse sucesso, cuidando dos projetos em andamento, criando ideias novas e experimentando várias situações. Tem muita coisa boa vindo por aí ainda. Estamos maiores e com conteúdos mais maduros".

O apresentador, no entanto, não passou imune pelas críticas de que se comportava como um garoto, chorava demais e que o programa era um besteirol. Mion jurou que ouve tudo, mas que só absorve o que vai lhe tornar um comunicador --e uma pessoa-- melhor.

"É importante falar que o Caldeirão é um programa de linha, não é um programa de grade, não tem descanso. Ele não tem temporadas, então demanda realmente uma dedicação enorme", ponderou.

Em relação às críticas, o artista desabafou: "Cara, sou uma pessoa que, da mesma forma que eu não me apego aos elogios nem acredito que sejam verdade absoluta, também não me apego às críticas nem acredito nelas. Porque se você acredita muito no elogio ou se você acredita muito na crítica... Os dois te derrubam da mesma forma".

O apresentador citou casos em que um mesmo quadro ou um participante recebe elogios e críticas ao mesmo tempo em comentários na internet: "As opiniões são sempre bem-vindas. Eu não estou falando que ignoro, ouço todas as críticas e os elogios, mas é o tempo de ouvir, assimilar e seguir adiante".

"Sempre com humildade e acreditando que a gente nunca chegou lá, mas que a gente sabe onde vai chegar. As pessoas hoje opinam --e devem opinar--, e a gente desse lado tem que saber lidar com isso sem pânico ou desespero."