JULIE CHEN
Reprodução/CBS
Julie Chen no programa The Talk: ela ainda não deu as caras na nona temporada da atração vespertina
REDAÇÃO
Publicado em 18/9/2018 - 5h42
A apresentadora Julie Chen, que comanda o Big Brother norte-americano há 20 temporadas, pediu demissão de seu posto no The Talk, vespertino em que cinco mulheres comentam os assuntos do dia. Ela tomou a decisão em apoio ao marido, o executivo Les Moonves, ex-todo-poderoso da CBS, a maior rede de TV dos Estados Unidos. Ele deixou o posto no dia 9 após ser acusado de assédio sexual por 12 mulheres diferentes.
De acordo com a CNN norte-americana, Julie anunciará sua decisão no The Talk desta terça-feira (18), em uma mensagem pré-gravada.
A CNN informa que Julie continuará à frente do Big Brother, apesar de ter causado controvérsia no programa de quinta (13), quando apresentou o programa, no ar desde o dia 10, pela primeira vez.
Na ocasião, após entrevistar o eliminado da semana, ela encerrou a atração com uma demonstração sutil de apoio ao marido. "Da casa do Big Brother, eu sou Julie Chen Moonves. Boa noite", declarou. Tradicionalmente, ela se apresenta apenas como Julie Chen, seu nome artístico.
A decisão de usar o programa para sutilmente apoiar um homem acusado de assédio repercutiu mal em Hollywood, que promove uma verdadeira caça às bruxas desde o ano passado. O diretor Judd Apatow detonou a jornalista: "O marido dela ameaçou pessoas, arruinou carreiras. Talvez o choque e o medo fizeram tanto mal que ela não está conseguindo ver as coisas com clareza... ainda", escreveu.
A atriz Rosanna Arquette, que atuou com a irmã Patricia em um episódio da série CSI: Cyber (2015-2016), da CBS, também criticou Julie Chen por sua insensibilidade. "Em um primeiro momento, eu me senti mal por ela e pelo filho [Charlie, de 8 anos]. Mas isso que ela está fazendo não é certo", disse.
'Ele tem um problema'
Sem a presença de Julie Chen na mesa-redonda, as participantes remanescentes do The Talk tiveram que comentar as denúncias contra Les Moonves na estreia da temporada. "É vergonhoso e preocupante termos que falar sobre o marido dela", admitiu Sharon Osbourne, que chegou a defender o então chefe quando as primeiras acusações vieram à tona, mas depois mudou de opinião.
"Agora que outras sete denúncias apareceram, com histórias tão similares, com um padrão [de comportamento] tão definido... Ele pode não ter sido condenado de nada, mas está claro para mim que esse homem tem um problema. Por que é que sempre que homens ganham poder, ele vai direto para os testículos?", provocou Sharon.
"Julie é nossa amiga. Eu a amo e estarei sempre ao seu lado. No entanto, esse é um momento importante da nossa cultura. E não é porque está tão perto da nossa casa que vamos mudar a maneira de debater", completou a atriz Sara Gilbert, que também é criadora do programa _e esteve envolvida em outra polêmica, a dos tuítes preconceituosos da atriz Roseanne Barr, com quem ela contracenava.
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