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NÃO ESTÁ FÁCIL

Ex-estrelas do jornalismo da Globo ralam para manter altos ganhos na internet

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

William Waack: depois de demitido por grosseria racista, jornalista desenvolveu canal no YouTube - REPRODUÇÃO/YOUTUBE

William Waack: depois de demitido por grosseria racista, jornalista desenvolveu canal no YouTube

RUI DANTAS

Publicado em 17/9/2018 - 6h57

O jornalista William Waack já conquistou dois patrocinadores e 9,3 milhões de visualizações desde que lançou seu canal no YouTube, o Painel WW, em abril deste ano. Diz que está satisfeito com os resultados, mas dados levantados pelo Notícias da TV apontam que dificilmente conseguirá atingir o patamar do seu salário mensal na Globo, de R$ 200 mil.

Fora do ar desde o início do ano, Carla Vilhena admite que os ganhos com seu blog não se comparam ao período de glamour na TV.

A veterana Leda Nagle confessa que não está fácil viver dos ganhos da internet. "Do ponto de vista financeiro, eu não posso dizer que é vantajoso para mim, não", diz ela, que mantém um canal de vídeos no YouTube no qual já entrevistou de Ney Matogrosso a Jair Bolsonaro.

Antes figurões do Jornalismo televisivo, os três curtem a liberdade de suas novas produções, mas têm que lutar para manter o padrão e os ganhos da época da TV aberta. Bem como com os custos de suas empreitadas na web.

"Em termos de ganhos, digo que está próximo, já que conseguimos patrocínios", afirma Waack. Mas, além de apresentador, Waack agora tem uma "atividade paralela", como define, com palestras, análise de risco, consultoria e treinamentos. Ele banca os custos de produção do Painel WW, que conta com 15 profissionais.

O YouTube paga entre US$ 1,00 (R$ 4,19) e US$ 5 (R$ 20,95) por cada mil visualizações nos canais desenvolvidos em seu domínio, como os de Waack e Leda. Demitido em dezembro do ano passado após comentário considerado racista, William Waack, na melhor das hipóteses, teria recebido em cinco meses R$ 194.835,00 do site.

É o equivalente a cerca de R$ 39 mil mensais, ou 20% do que recebia da Globo. Waack, no entanto, sustenta que seus vencimentos mensais estão "parecidos", graças às demais atividades que exerce _e que não podia quando era contratado da maior emissora do país.

Com 8,95 milhões de visulizações desde janeiro de 2016, quando lançou o canal com seu nome, Leda Nagle teria levantado ao redor de R$ 187.500 do YouTube, novamente no melhor dos cenários (e considerando a cotação atual do dólar, em alta). Como o canal está ativo há 32 meses, recebeu uma média de R$ 5.859,00 mensais.

Leda foi demitida no final de 2016 da TV Brasil, na qual apresentou o programa Sem Censura durante 20 anos. Ela entregou a gestão comercial do canal no YouTube para o filho, o ator Duda Nagle.

"Esse é o gargalo: sou virgem na área comercial", afirma. "Sinceramente, se eu tivesse uma proposta legal de TV, eu voltaria, mas me apaixonei pelo meu canal de YouTube e não abriria mão dele."

DIVULGAÇÃO/LEDA NAGLE

Leda Nagle: após 20 anos no Sem Censura, apresentadora se lançou em empreitada na web

Carla Vilhena pondera que, se por um lado, seus ganhos estão distantes dos R$ 150 mil que recebia da Globo, conforme o Notícias da TV apurou, hoje em dia ela tem liberdade de fazer o que gosta.

"Se você for pensar no salário certo do fim do mês, com todos os benefícios, como plano de saúde, por exemplo, pode ser que em alguns casos seja verdade [não ter as mesmas condições financeiras como na época em que era apresentadora da Globo]", diz.

"Mas se o ganho, mesmo que seja menor, for suficiente para manter um bom padrão de vida com muito menos dias de trabalho, e ter tempo para se fazer o que gosta, como viajar, por exemplo, pode valer a pena. Isso além da liberdade que se ganha, que não é mensurável em valores", explica.

Carla afirma que está num período sabático e se prepara para transformar seu blog em um site no qual trará receitas, reportagens, crônicas, recomendações culturais, estilo de vida e outras dicas. Lançado em junho de 2016, o endereço [www.carlavilhena.com.br] teve menos de 5.000 visitas no mês de agosto, segundo a ferramenta Similar Web, o que é considerado muito baixo pelo mercado.

"Já estamos concluindo os últimos ajustes para o lançamento [do site que sucederá o blog]. Quero ir ao encontro do público que me conhece e compartilhar com ele as experiências que me trouxeram até aqui", noticia.

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