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TELAS CARAS

Preço médio das TVs sobe 28% no ano, e setor tenta se recuperar na Black Friday

FOTOS: REPRODUÇÃO

TVs de tela grande expostas em uma loja

Televisores de 55 polegadas ou maiores foram os que mais pesaram no aumento dos preços

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 16/10/2021 - 6h39

Nos primeiros nove meses de 2021, o preço médio das TVs sofreu um aumento de 28%. Para a GfK, responsável pela pesquisa, dois fatores ajudam a explicar por que o custo destes produtos disparou. O primeiro seria a falta de componentes na indústria, somada à alta do dólar e ao atual momento da economia. Pesou também a vontade do consumidor em adquirir televisores maiores e melhores.

"Este aumento na categoria está muito associado às telas mais caras, a partir de 55 polegadas, e reflete o desejo do consumidor em ter uma TV maior", afirma Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK. Segundo ele, o período difícil será compensado com um 2022 promissor. Pela primeira vez, a Copa do Mundo e a Black Friday, dois dos eventos que mais alavancam as vendas do setor, serão realizados simultaneamente em novembro.

Para a Eletros (Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), o aumento de 28% no preço médio das TVs divulgado pela GfK precisa ser analisado com cautela. "O repasse de preço da indústria para o varejo, nos últimos meses, foi de 7% a 10%, sendo que a pesquisa avalia o valor final dos televisores no varejo, considerando custos fora de nossa cadeia", ressalta José Jorge Junior, presidente da entidade.

Entre os motivos da indústria que empurraram os preços para cima, estão a alta demanda global por insumos importados durante a pandemia, a valorização do dólar frente ao real e, mais recentemente, o aumento considerável nos preços dos fretes internacionais. "Ainda que os fabricantes tentem absorver estes custos, inevitavelmente, uma parte acaba sendo repassada ao consumidor", diz Junior.

Na indústria, a nacionalização dos processos de produção é vista como uma tendência para conter novos aumentos no setor. Surge também como uma alternativa para evitar a falta de componentes e de produtos para o consumidor final em tempos de crise.

Mercado de TVs deve recuar em 2021

Black Friday pode salvar o ano

A matemática é simples. Quando o produto fica mais caro, as vendas caem, o que deixa a indústria em alerta. "O aumento de preço é um fenômeno que nunca ocorre de forma isolada", explica Junior. "No contexto atual, vem acompanhado de um cenário econômico de retomada ainda incerto e com o poder de compra das famílias fragilizado, o que preocupa o setor."

Segundo a Eletros, a indústria de TVs acelerou a produção nos últimos meses para que não faltem produtos nas lojas no quarto trimestre, principalmente na Black Friday, marcada para 26 de novembro, e no Natal. Para a associação, características como preço competitivo, inovação tecnológica e economia de energia farão a diferença na escolha de um novo televisor.

A Eletros estima um crescimento de 5% nas vendas de televisores durante a Black Friday 2021 em relação ao ano passado, reaquecendo as vendas do setor, que estão em baixa. Entre os fabricantes, o melhor cenário seria fechar o ano com o mesmo volume de vendas de aparelhos de 2020, cerca de 12,9 milhões de unidades, mas isto parece bem pouco provável e já se fala em um recuo de 10% a 15%.

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