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Crescimento do pornô em 4K faz produtora investir em tecnologia e maquiagem

FOTOS: DIVULGAÇÃO

A atriz pornô Elisa Sanches posa com faixa das Brasileirinhas

Elisa Sanches, estrela da Brasileirinhas; filmes em 4K já são os mais vistos pelos assinantes

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 19/8/2021 - 6h35

O pornô em HD está perdendo espaço. Hoje, 51% dos assinantes da Brasileirinhas, maior produtora de filmes adultos do país, já assistem ao conteúdo do site em resolução 4K. São 16% a mais do que em 2019. Com 3.840 por 2.160 pixels, esta definição, também chamada de Ultra-HD, de Ultra High Definition, é quatro vezes superior à das TVs Full-HD, que reinavam há alguns anos.

A principal vantagem está na nitidez da imagem, o que exige um maior investimento na parte técnica e, principalmente, na maquiagem dos atores. "Os gastos com maquiagem aumentaram cerca de 50%", afirma Clayton Nunes, CEO e sócio da Brasileirinhas. "Como realmente dá para ver todos os detalhes em 4K, utilizamos produtos à prova d'água de boa qualidade, muito mais caros do que as maquiagens tradicionais."

Segundo ele, o investimento vale a pena, já que não é mais preciso parar a gravação de uma cena por conta do suor dos atores. Hoje, a produtora utiliza duas câmeras UHD para a captação das imagens. Cada cena leva cerca de duas horas para ser filmada e dois dias no processo de pós-produção --que levava poucas horas no passado, quando o filme era rodado em definição inferior.

O pornô em 4K não é uma novidade na Brasileirinhas. Lançado em 2016, o primeiro filme recebeu o sugestivo título de Operação Leva Jato. De lá para cá, todas as produções passaram a ser filmadas em Ultra-HD. De acordo com Nunes, são 20 cenas novas por mês. Hoje, cerca de 25% do acervo do site, que conta com mais de 1,1 mil filmes, já está disponível em altíssima resolução, sem valor adicional para o assinante. O custo mensal é de R$ 29,90.

Sexy Hot quer histórias mais reais  

Embora só ofereça títulos em HD, o canal Sexy Hot também está preocupado com a qualidade de seus conteúdos originais. "Procuramos atentar para detalhes como melhor iluminação, locação e preparação do elenco, inclusive esteticamente", diz Cinthia Fajardo, diretora-geral do Grupo Playboy do Brasil, responsável pelo canal. "Nosso caminho é sempre em direção a trazer as cenas de sexo para situações mais próximas do cotidiano do consumidor."  

Homens são maioria

O público masculino é o que mais consome o conteúdo erótico oferecido pelas duas produtoras. Considerando o primeiro semestre de 2021, eles correspondem a 73% dos acessos da Brasileirinhas e 65% do site Sexy Hot. A maioria vê os filmes pelo celular. No mesmo período, foram 80% e 76% de acessos via dispositivos portáteis, respectivamente.

"Nossa intenção é que a presença feminina cresça cada vez mais", afirma Cinthia. "Para isso, passamos a investir também em filmes feitos por mulheres, com histórias mais reais e roteiros desenvolvidos para o prazer feminino."  

A Brasileirinhas só tem aplicativo para Android, já que outras plataformas não aceitam conteúdo adulto. Além de disponível na TV paga, o Sexy Hot também tem opção de assinatura online com planos diários (R$ 2,90), mensal (R$ 19,90) e trimestral (R$ 39,90). Dá também para usar um Chromecast ou recursos de espelhamento da tela do celular para ver o conteúdo diretamente no televisor.

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