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FOTOS: EDUARDO BONJOCH/NOTÍCIAS DA TV
TV OLED 8K Z3, de 77 polegadas, exposta em São Paulo: nitidez se mantém até bem perto da tela
Duas semanas após a Samsung anunciar sua entrada no mercado de TVs OLED, a LG contra-ataca ao confirmar o lançamento do primeiro televisor 8K com essa tecnologia no Brasil. O modelo Z3, de 77 polegadas, chegará às lojas entre agosto e setembro, mas ainda não teve o preço divulgado. Sabe-se apenas que será o mais avançado e caro da linha 2023.
Em exposição na Casa Cor São Paulo, o produto foi mostrado aos jornalistas na segunda-feira (19). Os detalhes que mais chamaram a atenção do Notícias da TV durante a demonstração foram o alto contraste e a nitidez, que se mantém até mesmo quando se está muito perto da tela.
O segredo está na tecnologia de pixels orgânicos, que não precisa de iluminação interna (backlight) para gerar as imagens na tela. Como cada pixel emite a própria luz, esses televisores são imbatíveis no contraste e conseguem reproduzir pretos profundos em cenas escuras com boa fidelidade, caindo também nas graças do exigente público gamer.
Precursora das TVs OLED no Brasil, a LG mantinha uma posição confortável e sem concorrentes na categoria há pouco mais de dois anos, desde que a Sony abandonou a área de televisores por aqui. Após o anúncio da Samsung, a chegada da OLED 8K surge como um diferencial tecnológico na guerra por esse mercado, mesmo que com anos de atraso em relação à Europa, aos EUA, ao Japão e à Coreia do Sul, por exemplo.
As TVs LG OLED 4K 2023 apresentam telas de 42 a 83 polegadas. O destaque é a linha G3 em 55 e 65 polegadas e preços de R$ 10,5 mil e R$ 19 mil. A novidade é a tecnologia Brightness Booster Max, com 70% a mais de brilho, segundo o fabricante, aliada aos recursos de inteligência artificial do processador Alpha9 e ao já mais brilhante painel OLED evo. É o mesmo da série C3, com telas de 42 a 83 polegadas e custo de R$ 8,1 mil a R$ 56 mil.
TV Flex em modo mais curvado para games
No áudio, a novidade das duas linhas é o recurso Wow Orchestra, que permite sincronizar o som dos alto-falantes da TV ao de caixas soundbar, ampliando o envolvimento sonoro. Com processador Alpha7 e painel OLED convencional, a linha B3 ainda não aparece em lojas online. Prevista para os próximos meses, a TV Flex de 42 polegadas, que pode ficar plana ou levemente curvada para jogar videogame, completa os lançamentos em telas OLED para 2023.
A linha de televisores miniLED passa a ter os modelos QNED 85 em 55 e 65 polegadas. Essas telas, que não tiveram preços divulgados, também vêm com processador Alpha9 e novo recurso para melhorar o contraste e os níveis de preto, principal deficiência dessa tecnologia em comparação às TVs OLED.
Na tecnologia miniLED, os LEDs tradicionais para a iluminação do painel são substituídos por dezenas de miniLEDs. Com isso, é possível iluminar a tela de forma mais precisa e uniforme, melhorando o brilho e o contraste. Segundo a LG, a associação do painel de pontos quânticos a uma película de nanopartículas em seus modelos permite exibir cores mais precisas e reais.
E para quem está interessado em uma tela grande 4K convencional, a linha UHD apresenta modelos de até 75 e 86 polegadas com custo de R$ 6,5 mil e R$ 12,8 mil. Em comum, toda a linha 2023 traz a nova versão do sistema webOS, parecido com o Google TV. As buscas ficam mais simples, permitindo agrupar conteúdos por tema, como esportes ou terror, com sugestões vindas de vários serviços de streaming e até canais de TV.
Após a estreia das TVs OLED 8K no Brasil ser adiada por vários anos, o lançamento da LG em 2023 surge em um momento delicado. Na Europa, novas leis impõem limites de consumo para televisores com essa resolução em meio a uma grave crise energética. No Brasil e em boa parte do mundo, persistem os problemas de infraestrutura de rede e escassez de conteúdo.
"Em 2022, interrompemos nossa linha de TVs QNED 8K pela falta de conteúdo disponível, mas agora, embora o cenário não tenha mudado, a ideia é explorar todas as possibilidades da tecnologia OLED", afirma Igor Krauniski, gerente de produtos de TV da LG. "Como fabricante, dependemos do conteúdo, que ainda é restrito, e de investimentos em infraestrutura de rede."
Sobre a crise na Europa, ele admite que as realidades são muito diferentes. "A alta geração de energia limpa e renovável faz com que não haja esse mesmo nível de preocupação aqui no Brasil", diz ele. "Além disso, a maneira como é feita a medição de consumo é exagerada e não reflete a realidade do uso do aparelho na casa das pessoas."
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