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LINHA WEGA

Fora do Brasil há um ano, TVs Sony eram sonho de consumo na década de 1990

FOTOS: REPRODUÇÃO

TV Sony Wega exibindo cena de O Rei do Gado com Patricia Pillar

TV Sony Wega exibindo Patricia Pillar em O Rei do Gado: tela plana e tecnologia Trinitron

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 27/3/2022 - 6h15

Faz um ano que a Sony anunciou a saída do mercado brasileiro de TVs. A empresa japonesa está entre as que mais sentiu a ascensão das marcas coreanas e chinesas, principalmente Samsung, LG e TCL, amargando prejuízos e baixas margens de lucro no setor.

Mas nem sempre foi assim. Entre os anos de 1980 e 1990, as TVs de tubo da marca eram conhecidas pela qualidade de imagem superior, que justificava o preço alto. Com a consolidação das telas finas, principalmente após 2010, essa vantagem foi se perdendo, já que a diferença entre as principais telas à venda passou a ser mais sutil. E se a imagem é semelhante, vende mais quem tem o preço menor, o que nunca foi o ponto forte dos japoneses.

A Sony chegou ao Brasil em 1972 e começou a produzir televisores em sua fábrica de Manaus a partir de 1984. O grande trunfo da marca era a tecnologia exclusiva Trinitron, que utilizava um processo diferente e mais avançado para a geração de imagens em toda a linha de TVs de tubo. As atrações ganhavam mais brilho, contraste e convergência de cores. Até mesmo a curvatura da tela e moldura dos aparelhos eram mais discretas.

Com design moderno para a época, que incluía um charmoso vidro escuro na frente para melhorar o contraste, o modelo KV-1882, de 18 polegadas, tornou-se sonho de consumo dos brasileiros. Outro destaque foi a TV KV-25XBR, de 25 polegadas, capaz de exibir imagens de alta qualidade. O som também era um diferencial, já que o produto vinha com um par de caixas acústicas destacáveis, facilmente fixadas nas laterais do aparelho.

TV KV-25XBR com caixas de som destacáveis 

Na segunda metade da década de 1990, as telas planas faziam sua estreia no mercado brasileiro, acabando com as linhas arredondadas e curvaturas nos cantos da imagem. Entre os principais benefícios, estavam a redução das distorções laterais e a ampliação do ângulo de visão, proporcionando um melhor aproveitamento do que era exibido.

A Sony faturou alto com essa inovação, e a icônica linha Wega se tornou referência em TVs de tubo com tela plana de alta qualidade para consumidores exigentes (e dispostos a pagar mais caro pelos produtos). Desejos de consumo, as opções de TVs Sony Wega foram crescendo e, em 2000, por exemplo, eram vendidos oito modelos, de 21 a 53 polegadas.

A partir de 2005, com o avanço das telas finas e a gradual perda de espaço dos tubos, a Sony começou a investir na linha Bravia, que também foi reconhecida por seu elevado padrão de qualidade. A sigla, que apareceu primeiro nas TVs de plasma e LCD, e depois chegou aos televisores de LED e OLED, é a abreviação de Best Resolution Audio Visual Integrated Architecture.

Elegantes e com pouca espessura, todas as TVs de tela fina também ofereciam tela widescreen. Sem grande importância quando foram lançados, os televisores com imagem mais retangular, como no cinema, começaram a ganhar força com a popularização do DVD e a chegada da TV digital em 2007, que já adotavam o mesmo formato.

Monitor Sony na abertura de Transas e Caretas 

Marca foi parar na novela das sete

A presença frequente das TVs e outros produtos da Sony nos filmes de Hollywood das décadas de 1980 e 1990 ajudou a fortalecer ainda mais a marca. As ações do fabricante sempre enfatizavam o status, a qualidade e as novas tecnologias dos produtos.

No Brasil, a marca foi parar na abertura da novela Transas e Caretas, de 1984, uma trama futurista sobre poder. Na tela, uma bela modelo jogava Pac-Man, clássico game do Atari 2600, em um monitor Sony PVM-2530, conhecido por seu design moderno. O que chama a atenção é que tanto o Atari, fabricado no Brasil pela Polyvox, como a marca Sony no monitor, aparecem claramente na abertura, algo pouco comum nas novelas da Globo.

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