Crise faz da TV de 32 polegadas a mais vendida do Brasil; saiba escolher

Com crescimento de 23,4% em relação a 2021, a TV de 32 polegadas foi a que mais vendeu em 2022, segundo pesquisa da GfK. Considerando o total aproximado de 10 milhões de televisores comercializados no ano passado, a categoria, de acordo com a Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), mantém a maior fatia do mercado, representando entre 30% e 35% das unidades.

Os dados mostram que, por mais que fabricantes e especialistas tenham falado da Copa das telas grandes, a realidade na casa do brasileiro foi bem diferente. Juntas, segundo a Eletros, as TVs de 32" a 43" representam aproximadamente metade do mercado.

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"O brasileiro acaba comprando a TV que cabe no bolso", explica Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK. "A maior dificuldade de crédito e o alto valor dos juros no parcelamento a longo prazo ajudam a explicar a alta nas vendas dos televisores menores."

Para se livrar de armadilhas, o consumidor deve ter cuidado na hora de comprar uma TV de 32", que pode custar a partir de R$ 850. A primeira dica é ficar atento aos recursos, principalmente entre as telas mais baratas. Alguns desses modelos, por exemplo, nem são smart, sendo incapazes de acessar a internet. Outros oferecem poucos aplicativos e não permitem que o consumidor baixe novos ou atualize os que já vêm no televisor.

Há também aquelas telas que rodam alguns dos principais apps, como Netflix, YouTube, Prime Video, Globoplay, HBO Max e Disney+, mas oferecem uma experiência muito ruim. E não existe algo mais irritante do que ver uma série com a imagem travando em uma TV com processador lento, que demora para carregar os conteúdos.

Na dúvida, não tem como errar. As smart TVs de 32" das marcas Samsung (sistema Tizen), LG (webOS) e TCL, Semp, Philips e Aiwa com sistema Android são as mais completas quanto à variedade de aplicativos fornecidos e que podem ser baixados. Mais simples, a plataforma Roku, disponível em telas da Semp, TCL, Philco e AOC, surge como opção, embora não ofereça o serviço Star+, que transmite a Libertadores e jogos europeus.

Resolução limitada

Se, entre as TVs maiores, a questão da resolução é um ponto que deve ser avaliado, isso não faz diferença entre os modelos de 32". Praticamente todos trazem definição HD, com 1.366 por 768 pixels, padrão inferior ao das transmissões Full-HD da TV digital aberta, canais por assinatura e de boa parte dos conteúdos que você vê no streaming.

Como no passado era comum encontrar telas Full-HD de 32", o consumidor corre o risco de comprar uma TV nova com resolução mais baixa do que a atual. Embora os fabricantes afirmem que isso não faça diferença nesse tamanho de tela, a nitidez da imagem acaba sendo um pouco prejudicada, principalmente quando se chega mais perto da tela.

A única exceção é a TV QLED The Frame, da Samsung, que custa a partir de R$ 2.000, sendo a mais cara da categoria. Com painel de pontos quânticos, que exibe maior pureza e volume de cores e resolução Full-HD, o produto refinado aceita comandos de voz pelo controle remoto e mostra obras de arte quando desligado.

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Comandos de voz pelo controle

Entre os poucos recursos das TVs de 32", dois se destacam. O primeiro é a tecnologia Bluetooth, útil para a conexão com fones de ouvido sem fio e caixas soundbar.

O outro é a possibilidade de fazer buscas no YouTube e serviços de streaming a partir de comandos de voz. Se você já teve a chata experiência de digitar letra por letra o nome da atração que você quer ver pelo controle remoto, sabe o quanto esse recurso pode fazer a diferença.

Nesse caso, dê preferência às telas de 32" que rodam o sistema Android TV e aceitam comandos de voz via Google Assistente pelo próprio controle remoto. Fique atento, já que esse recurso não está disponível em alguns modelos da Samsung.

Para ter a mesma facilidade na TV LG de 32", você terá que trocar o controle remoto convencional por outro, adquirido separadamente, que acompanha os televisores maiores e mais caros. Nos modelos com plataforma Roku, o processo é mais complicado e depende do uso do celular, já que os comandos de voz são habilitados apenas por app.