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Com Dolby Atmos, TV Cultura leva som imersivo para Indy e Europa League

REPRODUÇÃO/TV CULTURA

Atacante Aubameyang em jogo do Barcelona

Aubameyang, do Barcelona: time está na Europa League, transmitida em Dolby Atmos pela Cultura

EDUARDO BONJOCH

edubonjoch@gmail.com

Publicado em 16/3/2022 - 6h35

Primeira emissora de TV aberta na América Latina a adotar a tecnologia Dolby Atmos em toda a programação, a TV Cultura vem apostando em transmissões com som mais imersivo desde 23 de dezembro. Passados três meses, fica claro que o formato funciona bem em eventos esportivos, desenhos, documentários e musicais, e não faz diferença para telejornais e programas jornalísticos, como o Jornal da Cultura e o Roda Viva.

Com sons chegando por todos os lados e de cima para baixo, as transmissões em Dolby Atmos tornam a experiência mais envolvente e real. A sensação que se tem é parecida com a do cinema. É como se o telespectador fizesse parte do filme ou estivesse na arquibancada de um show ou jogo de futebol. Mas atenção: para aproveitar esse efeito, é indispensável ter uma TV e uma caixa soundbar (ou home theater) compatíveis com o formato.

A opção mais comum é adquirir uma caixa soundbar Dolby Atmos e ligá-la à entrada HDMI ARC de uma TV que aceite o mesmo padrão de som. Em geral, essa característica só está disponível em televisores de nível intermediário ou mais sofisticados, que têm 55 ou mais polegadas e custam a partir de R$ 3.100. E é bom preparar o bolso: somando o custo da soundbar, o investimento ultrapassa os R$ 5 mil.

Quem gosta de esporte e já tem o equipamento necessário pode testar o áudio imersivo durante os torneios transmitidos pela TV Cultura. Entre as opções mais legais, estão as corridas de Fórmula Indy aos domingos, jogos de futebol da Europa League às quintas e partidas da Liga Nacional de Basquete aos sábados, por exemplo.

"Com mais canais de áudio, entregues pela tecnologia Dolby Atmos, o som acompanha a trajetória dos carros da Fórmula Indy pela tela do televisor, nos eixos horizontal e vertical", afirma Nelson Faria, diretor técnico da TV Cultura. Assim, pelo áudio, o telespectador consegue traçar o caminho exato percorrido pelo carro na tela: da esquerda para a direita ou da área superior central para a inferior direita, por exemplo.

Nos outros esportes ao vivo, o benefício também é evidente. "Nos jogos de futebol e basquete, por exemplo, os deslocamentos da bola pela tela e o envolvimento da plateia por todos os lados do telespectador tornam a transmissão muito mais real", explica ele.

DIVULGAÇÃO/CULTURA

Controle de qualidade: som com dez caixas   

Transmissões exigiram mudanças

Para iniciar as transmissões em Dolby Atmos, a TV Cultura precisou fazer ajustes e treinar a equipe técnica. "Passamos dos seis canais de áudio (5.1) para dez (5.1.4), o que exigiu a montagem de salas especiais de mixagem e para controle de qualidade com dez caixas acústicas instaladas de acordo com as recomendações da Dolby", comenta.

Passados três meses, ele acredita que as especificações técnicas não são o mais importante na hora de dividir o áudio em vários canais. "O bom resultado depende muito mais da sensibilidade do sonoplasta em relação ao conteúdo", avalia.

Mas o que acontece quando o programa não foi gravado originalmente em Dolby Atmos? No caso da TV Cultura, entra em ação a tecnologia UpMax, da Dolby, que utiliza recursos de inteligência artificial para simular até dez canais a partir de conteúdos em estéreo. O resultado, claro, não é tão bom quanto o de uma transmissão ao vivo já gerada neste padrão.

Globo também testa o formato

Os primeiros testes da Globo com a tecnologia Dolby Atmos ocorreram no Rock in Rio de 2015. Na época, trechos do festival foram transmitidos pelo Multishow com som imersivo e resolução 4K para cerca de mil assinantes do aplicativo Globosat Play 4K. Em 2018, o formato chegou aos cinemas de várias cidades com a exibição do primeiro capítulo da novela Deus Salve o Rei.

A ação mais recente aconteceu em setembro de 2020, com a transmissão experimental de alguns jogos do Corinthians no Campeonato Brasileiro daquele ano. Segundo a Globo, a intenção é aumentar a oferta de atrações em Dolby Atmos, incluindo novelas e séries do Globoplay.


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