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ESTREIA NO GLOBOPLAY

Vício em droga deixa família em frangalhos: Saiba tudo sobre Onde Está Meu Coração

DIVULGAÇÃO/GLOBOPLAY

Os atores Daniel de Oliveira e Leticia Colin abraçados, ele segurando a mão dela, ela com cabela apoiada no ombro dele, em cena em lugar arborizado da série Onde Está Meu Coração

Daniel de Oliveira e Leticia Colin interpretam marido e mulher em Onde Está Meu Coração, do Globoplay

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 3/5/2021 - 7h05

Uma das estreias mais aguardadas do Globoplay para 2021, a série Onde Está Meu Coração chega à plataforma de streaming nesta semana --com pré-estreia na Globo nesta segunda (3). A atração é um drama pesado, que retrata o vício em crack de uma jovem médica de classe alta. A dependência química afeta toda a família, que fica em frangalhos.

A série, escrita por George Moura e Sergio Goldenberg (de Onde Nascem Os Fortes e O Canto da Sereia) se passa em São Paulo e gira em torno da médica Amanda (Leticia Colin).

Apesar de vir de uma família abastada, ser casada com um homem que a ama e ter sucesso em seu início na profissão, ela ainda tem algumas questões emocionais e recorre às drogas. Acaba se viciando em crack, o que a deixa muito debilitada rapidamente.

O foco da história não é na questão da violência relacionada às drogas, no tráfico ou nos conflitos com a polícia. A ideia dos autores é mostrar como a dependência química é um problema de saúde tão legítimo quanto qualquer outra doença e como o sofrimento da pessoa dependente se transfere para uma família inteira.

"[Dependência química] É um tema tão antigo, mas é impressionante que ainda hoje é tabu. Você fala que tem diabetes, pressão alta, mas não fala que é dependente, porque aí vêm julgamentos morais. A escolha de a protagonista ser médica foi deliberada dramaturgicamente, porque ela tem a capacidade de compreender os efeitos nocivos que a dependência tem, mas não consegue se livrar", explica Moura.

O fato de a protagonista ser uma viciada em crack de classe alta também foi um ponto que os autores quiseram destacar. O usuário desta droga tem o estigma da Cracolândia, região do centro de São Paulo em que pessoas em situação de rua vagam, pedindo dinheiro, usando muito crack e em alta vulnerabilidade. Mas não é só na cracolândia que a droga circula.

"Não se fala muito sobre crack na classe média/alta, mas existe, a gente viu como ele está presente. Mas a pessoa se esconde, deixa de existir, é enfurnada numa clínica", diz Goldenberg. "A gente descobriu um espaço que se chama Cracolândia privê. São apartamentos grandes onde você paga pra consumir as drogas e não ser importunado pela polícia", revela Moura.

divulgação/globoplay

Amanda fica debilitada pelo uso de crack

Desmoronamento em família

Ao longo de dez episódios, o público vê a trajetória tortuosa de Amanda, desde a personagem vagando pelas ruas nas madrugadas de São Paulo até uma internação compulsória numa clínica de reabilitação, solução controversa encontrada pelo pai dela, interpretado por Fabio Assunção.

"A culpa [por uma pessoa se afundar na dependência química] é de ninguém e é de todo mundo. Em Onde Está Meu Coração, um lado da família quer acolher [Amanda], o outro lado diz 'vamos internar, mesmo que ela não queira'. Isso causa uma cisão na família. A série faz muitas perguntas [sobre como lidar com o problema], mas não traz todas as respostas. Quer investigar a questão, não trazer respostas prontas", explica Moura.

Para entenderem melhor este universo, os atores principais passaram por uma preparação que contou com visitas a reuniões dos Narcóticos Anônimos, a unidades do Centro de Atenção Psicossocial, a uma clínica de tratamento e até a Cracolândia.

Onde Está Meu Coração terá dez episódios de cerca de 40 minutos cada, com nenhuma cena em estúdio, todas feitas em locações. O primeiro capítulo será exibido numa sessão especial nesta segunda, após o BBB21, e a série na íntegra estará disponível no Globoplay a partir desta terça (4).


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