BOM DIA, VERÔNICA
Suzanna Tierie/Netflix
Tainá Müller como a personagem principal de Bom Dia, Verônica: primeira temporada foi só o começo
Elogiada pela crítica e no Top 10 da Netflix uma semana depois de seu lançamento, Bom Dia, Verônica tem tudo para ganhar uma segunda temporada. E a atriz Tainá Müller se empolga com a possibilidade de viver mais aventuras de sua personagem. Para ela, os oito episódios iniciais foram como a história de origem do Batman.
[Atenção: a partir daqui, o texto contém spoilers de toda a primeira temporada de Bom Dia, Verônica]
"A jornada da Verônica na primeira temporada é quase que o nascimento do Batman, o que levou essa mulher a chegar no ponto que chegou", explica a artista de 38 anos em entrevista ao Notícias da TV.
Ao longo dos oito episódios, a escrivã ajudou na investigação de dois casos: um psicopata (Sacha Bali) que aplicava golpes virtuais, e um serial killer (Eduardo Moscovis) que transformou a mulher (Camila Morgado) em uma prisioneira em seu próprio lar. As duas histórias terminaram mal, com as vítimas mortas em situações trágicas.
Para completar o sofrimento, Verônica descobriu que seu tutor na polícia (Antônio Grassi) e uma delegada rival (Elisa Volpatto) fazem parte de um grupo corrupto, que também envolve políticos e pessoas importantes da sociedade. Sem saída, ela seguiu os passos do pai, forjou a própria morte e ressurgiu, na sequência final, loira e poderosa, disposta a fazer justiça com as próprias mãos.
reprodução/netflix
Verônica ressurge loira e poderosa na série
Tainá buscou inspiração na própria origem para construir esse lado justiceiro de Verônica. "Sou gaúcha 'faca na bota', trouxe toda essa raiz da minha criação para viver essa mulher forte. Saí do Sul e fui desbravando para chegar até o Sudeste, peguei muito dessa energia para a personagem", explica a artista natural de Porto Alegre.
Para ir de Bruce Wayne a Batman, a atriz desenvolveu um método de ativação física. "Eu me aquecia muito antes de entrar em cena, pro sangue estar sempre fervendo, e a Verônica ficar em ponto de bala. Ela tem essa pilha, é acelerada", justifica a intérprete.
A gaúcha também teve de fazer aulas de luta e lições de tiro. Precisou até mudar a postura para encontrar a personagem. "Eu estava saindo da Marilyn Monroe [que ela viveu na peça de teatro Os Desajustados], era um trabalho totalmente diferente, saí da languidez e tive que desconstruir tudo isso. Fazer uma mulher mais reta, proativa, que não pensa, só age. Trabalhei muito a energia do yang dentro de mim", filosofa.
"Mas, ao mesmo tempo, ela tem a energia do yin de ser mãe, uma vida pessoal que também é importante, uma tragédia familiar que ela carrega na vida dela. Quis encontrar esse equilíbrio no começo. E aí ela vai passando por um processo de adoecimento, esse sentimento de impotência diante de um sistema tão opressor", conta Tainá.
A Netflix ainda não oficializou uma segunda temporada de Bom Dia, Verônica, mas a história da personagem vai continuar pelo menos nos livros. Os autores Raphael Montes e Ilana Casoy trabalham em duas continuações: Boa Tarde, Verônica e Boa Noite, Verônica. E personagens criados para a série, inclusive, vão migrar para o papel --caso da delegada Anita, papel de Elisa Volpatto.
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