GOEDAM
REPRODUÇÃO/NETFLIX
Min-Yeoung (SeolA) prestes a ser atacada por uma das assombrações de Goedam: lendas sul-coreanas
DANIEL FARAD
Publicado em 31/8/2020 - 6h50
Uma série voltada para o público adolescente na Coreia do Sul praticamente virou "proibidona" na Netflix brasileira. Com direito a banho de sangue e muita violência gráfica, Goedam estripa cantoras de K-Pop, um dos gêneros musicais mais populares do país asiático, para contar algumas lendas urbanas de Seul --tão intensas que são capazes de fazer até a loira do banheiro tupiniquim dormir de luz acesa.
Com apenas oito episódios, o mais longo com meros 15 minutos de duração, a produção explora algumas dos mitos que aterrorizam os jovens coreanos em idade escolar. Algumas das histórias contadas em forma de antologia, inclusive, lembram muito as fábulas que também fazem parte do imaginário popular no Brasil.
O capítulo Fenda explora um espírito vingativo que ataca banheiros de um colégio feminino na capital sul-coreana, assim como uma aparição platinada supostamente ataca jovens que apertam três vezes a descarga nos sanitários tropicais.
Em Curiosidade, há um brinquedo muito popular na Ásia com fama de amaldiçoado que faz os rumores sobre a boneca da apresentadora Xuxa Meneghel soarem como uma canção de ninar. Afinal, a versão nacional não atrai um fantasma desmembrado que suga o sangue de estudantes desavisados.
Em um clima de baixo orçamento, a produção não economiza nos litros de fluidos artificiais nem mesmo nos efeitos visuais de membros decepados ou consumidos por chagas. O resultado é uma classificação indicativa de 16 anos que já corta de antemão boa parte do público-alvo a quem o seriado é destinado no exterior.
REPRODUÇÃO/NETFLIX
A cantora de K-Pop Song Chae Yunnda prestes a ser ataca pela "morena do banheiro" coreana
Deslocada de seu propósito e completamente fora de contexto, Goedam não à toa estreou discretamente no catálogo da plataforma, sem direito a um título nacional ou mesmo uma dublagem em português no último dia 20. O serviço de streaming, inclusive, evitou fisgar os telespectadores mais jovens ao varrer para baixo do tapete os "astros" do K-pop que fazem as vezes de atores.
Para os mais velhos, que nem de longe foram atingidos pela recente invasão coreana, nomes como SeolA e Lee Hyunjoo são ilustres desconhecidos e pouco agregam à experiência. A série, por aqui, virou "queridinha" mesmo de quem tem estômago forte e idade suficiente para tirar carteira de motorista.
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