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Black Summer

Sem papo furado, Walking Dead da Netflix empolga com zumbis turbinados

Divulgação/Netflix

Zumbis em Black Summer, nova série da Netflix, são assim: cheios de 'saúde' e velozes como atletas - Divulgação/Netflix

Zumbis em Black Summer, nova série da Netflix, são assim: cheios de 'saúde' e velozes como atletas

JOÃO DA PAZ

Publicado em 29/4/2019 - 6h04

Na Walking Dead da Netflix, os zumbis não são molengas iguais aos da série famosa. O drama Black Summer, disponível desde o último dia 11, apresenta mortos-vivos turbinados, velozes e com força capaz de derrubar cercas. Sem blábláblá, a trama é rápida e foca nas reações das pessoas às primeiras aparições de zumbis.

Esquece aquelas filosofias de Walking Dead do tipo "vamos nos unir para criar uma nova sociedade". O tempo urge em Black Summer e não dá para ficar com papo furado. Um prequel (história do passado) da série Z Nation (2014-2018), Black Summer é composta de personagens desesperados, que não sabem o que fazer em um apocalipse zumbi.

A atração não tem um protagonista líder. Gira em torno de dez pessoas e os episódios vão intercalando suas aventuras. Os personagens têm características bem marcantes: o valentão, o medroso, a destemida, a ricaça, a teimosa.

Black Summer tem um truque que a torna interessante. Cada capítulo é dividido em pequenas histórias, que ganham títulos como Show da Natureza, Os Outros, Seguidor e Recesso. Isso facilita o público a absorver melhor a o que está acontecenedo enquanto acompanha o passo a passo dos sobreviventes.

Desespero e agonia

Similar ao início do surto zumbi em Fear The Walking Dead, os personagens de Black Summer não fazem ideia de como aniquilar um morto-vivo. Como na série da Netflix os zumbis são velocistas, os sobreviventes têm de correr, e muito, para se livrar de uma mordida.

A direção da atração trabalha bem essa particuliaridade e usa câmeras que correm juntos com os personagens, criando um ponto de vista de tirar o fôlego. E há muito plano sequência (cenas sem corte/edição).

Aquela pessoa que encontrou um grupo e se mostra fraca, fica para trás. Black Summer dedica um episódio inteiro a um personagem assim, o medroso citado anteriormente. Lance (Kelsey Flower) centraliza as ações do quarto episódio, que não à toa tem o título de Sozinho.

Quase todo sem diálogos, o episódio acompanha Lance enquanto ele tenta encontrar ajuda, um abrigo e se livrar de um zumbi. Quem o vê se se desesperando com as adversidades do apocalipse fica agonizado, pois bate aquela vontade de dizer ao personagem o que ele deveria fazer, tipo: "Deixa de ser bobo e dá na cabeça desse zumbi!" ou "não entra aí que ele vai te pegar!".

Black Summer não é o creme de la crème das vastas produções de zumbi que Hollywood produziu. Mas vale a investida, por ser uma série agitada, diferente, curiosa e (o mais importante) com episódios curtos –o último dura 20 minutos. O fã da franquia Walking Dead não pode deixar de dar uma chance ao drama.

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