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THE KOMINSKY METHOD

Sem dados de audiência da Netflix, Chuck Lorre se surpreende com comédia no Emmy

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Com camiseta cinzenta, Michael Douglas conversa com o barbudo Chuck Lorre nos bastidores da comédia The Kominsky Method

O ator Michael Douglas com o produtor Chuck Lorre nos bastidores da comédia The Kominsky Method

REDAÇÃO

Publicado em 13/8/2020 - 14h16

A Netflix não deixa apenas seus assinantes na mão ao omitir os dados de audiência de suas produções. Os criadores de conteúdo também ficam "no vácuo", como definiu Chuck Lorre em entrevista para o site da The Hollywood Reporter. Por isso, ele contou que ficou surpreso com a indicação da comédia The Kominsky Method ao Emmy deste ano.

"Você fica no vácuo, sem entender ou ver os dados de audiência e coisas do tipo", cornetou o produtor no papo publicado nesta quinta-feira (13). "Então, receber uma indicação como essa é um reconhecimento espetacular, [sinal] de que alguém por aí está assistindo [à série] e gostando."

Estrelada por Michael Douglas e Alan Arkin, atores que também vão disputar o Oscar da TV a ser realizado em 20 de setembro, The Kominsky Method concorre com sua segunda temporada, lançada em outubro do ano passado. "Até pensei que tinha caído no esquecimento", brincou. "Foi uma grande e formidável surpresa."

A Netflix tenta amenizar essa política de não divulgar os dados completos com medidas paliativas. Manda para a imprensa só os números de atrações que lhe interessam, como grandes sucessos, e com uma metodologia questionável, levando em conta visualizações em uma série ou filme mesmo que durante meros segundos, o que pode ser um clique sem querer, e concretiza isso como audiência absoluta. Fora isso, há um top 10 na plataforma que serve como um parâmetro para o público.

Vencedora do Globo de Ouro, a comédia da Netflix é um dos cinco trabalhos de Lorre atualmente. Ele é considerado o rei da comédia na TV americana, mentor de hits arrasa-quarteirões como The Big Bang Theory (2007-2019) e Two and a Half Men (2003-2015). Por isso, surpreende a resposta que o criador deu sobre qual série sua gera uma reação mais positiva do público.

"Em toda a minha carreira, eu nunca recebi um feedback [tão favorável] como ocorre com The Kominksy Method", revelou ele. "As pessoas reagem naturalmente, e é para lá de gratificante isso". Lorre lembrou que muitas de suas produções são gravadas com plateia, e portanto "a resposta é imediata, sobre se o que está sendo apresentado é bom ou não".

Com Kominsky, gravada como se fosse um filme, o retorno é mais orgânico e espontâneo, vem durante o dia a dia. "Não consigo pensar em outra expressão a não ser incrivelmente gratificante", afirmou.

Durante a conversa, o produtor comentou como pretende tocar a terceira temporada de The Kominksy Method, em produção desde abril. Não há planos concretos por enquanto, porque Douglas e Arkin tem 75 e 86 anos, respectivamente. Ambos dentro do grupo de risco na pandemia do novo coronavírus [Covid-19].

"Eu também sou desse time [Lorre tem 67 anos]. Montar um ambiente de trabalho seguro para todo mundo é o fundamental. É uma coisa essencial que eu não sei se está completamente definida [para uma volta]."

Aproveitando o gancho, ele explicou por que o coronavírus não deve estar presente nos novos episódios de suas produções (Young Sheldon, Mom, The Kominsky Method, Bob Hearts Abishola e a nova B Positive). "Meu receio é escrever agora e gravar em janeiro um episódio que irá ao ar só daqui a um ano, e a história ficar datada", justificou. "Por enquanto, estamos trabalhando em um universo alternativo".

"Abordar um assunto corrente é um risco porque ele pode ser totalmente irrelevante quando for exibido", continuou. "Esse é o perigo. Se você for inserir eventos atuais em uma ficção, há o risco de a série ficar obsoleta, pois aquilo que foi escrito agora não será relevante no instante em que o público for assistir no futuro."

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