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MUNDO SOMBRIO

Satanismo, batismo de sangue e possessão: Sabrina agora é série de terror

Fotos: Divulgação/Netflix

Kiernan Shipka e Ross Lynch são os astros de O Mundo Sombrio de Sabrina, estreia da Netflix - Fotos: Divulgação/Netflix

Kiernan Shipka e Ross Lynch são os astros de O Mundo Sombrio de Sabrina, estreia da Netflix

LUCIANO GUARALDO

Publicado em 26/10/2018 - 6h13

Esqueça Sabrina, a Aprendiz de Feiticeira, comédia adolescente que fez sucesso na TV entre 1996 e 2003. O Mundo Sombrio de Sabrina, que chega à Netflix nesta sexta (26), apresenta uma versão bem mais assustadora da bruxinha. Entre os temas abordados na nova produção estão adoração a Satanás, batismo de sangue e possessão demoníaca.

A história tem um ponto de partida semelhante ao da produção dos anos 1990: às vésperas de seu 16º aniversário, Sabrina Spellman (Kiernan Shipka, de Mad Men) precisa escolher entre seu lado humano e seu lado bruxa. Indecisa, ela vê os dois mundos entrarem em rota de colisão e decide bater de frente com o próprio Diabo.

O lado feiticeiro de Sabrina é ligado à sua família. Ela foi criada pelas tias Hilda (Lucy Davis, de Mulher-Maravilha) e Zelda (Miranda Otto, de 24 Horas: O Legado) desde a misteriosa morte de seu pai bruxo e de sua mãe humana. Hilda é atrapalhada e divertida; Zelda é austera e apegada às regras da feitiçaria. Há ainda o primo Ambrose (Chance Perdomo), um bruxo pansexual que está em prisão domiciliar.

Já a humanidade da protagonista está conectada com o seu namorado, Harvey Kinkle (Ross Lynch, ex-astro da Disney que quer mostrar que cresceu), e suas amigas, Rosalind Walker (Jaz Sinclair) e Susie Putnam (Lachlan Watson, que se define como não-binário, ou seja, não é do gênero masculino nem do feminino).

O gato preto Salem, principal companheiro de Sabrina na série original, também aparece em O Mundo Sombrio. Na produção da Netflix, porém, ele não é um animal falante _apesar de conseguir se comunicar com sua dona por meio de mensagens incompreensíveis para o público. Uma curiosidade: Kiernan Shipka descobriu que é alérgica a gatos depois de ter reações sérias ao gravar com o mascote.

Sabrina se ajoelha diante do padre Blackwood (Richard Coyle) para seu batismo de sangue

'Igreja falsa' e 'pelo amor de Belzebu'
Ao aprofundar preceitos da religião bruxa, O Mundo Sombrio de Sabrina não foge de temas controversos. Sacrifícios humanos e até canibalismo fazem parte dos rituais abordados na série. Voz da razão e com princípios humanos, a jovem Sabrina é a única feiticeira que enxerga os absurdos das situações em que se encontra.

As bruxas também fazem orações para Satanás, soltam exclamações como "Pelo amor de Belzebu" e "Que Satanás te desabençoe". E se referem ao Cristianismo como "igreja falsa", algo que promete gerar controvérsia entre grupos religiosos.

Mas a série também tem senso de humor, e os roteiristas sabem brincar com os efeitos da magia do universo que criaram. Zelda e Hilda, por exemplo, decidem suas divergências assassinando uma a outra _a tia morta ressuscita minutos depois, como se nada tivesse acontecido, graças a um efeito da magia.

Como não poderia deixar de ser, Sabrina se aproveita do movimento #MeToo para criar personagens femininas fortes. A protagonista luta para estruturar um grupo feminista no colégio de mortais onde estuda e se esforça para que as mulheres bruxas de seu coven (grupo de feiticeiras) se unam para combater os preconceitos que elas sofrem.

A série O Mundo Sombrio de Sabrina é baseada nos quadrinhos de mesmo nome, uma adaptação de terror para as histórias da bruxinha publicadas desde 1962. Há referências à cidade de Riverdale, que nas HQs é uma cidade vizinha a Greendale, onde Sabrina vive com as tias. As duas séries dividem produtores e até a equipe usada nas filmagens, mas ainda não há plano para que elas façam um crossover.

A primeira temporada de Sabrina conta com dez episódios. A série já foi renovada para um segundo ano antes mesmo de sua estreia.

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