REPRESENTATIVIDADE
Divulgação/FX
As atrizes transexuais Indya Moore e Hailie Sahar na série Pose, recordista em elenco LGBTQIA+
Mais do que mero entretenimento, as séries de TV também podem moldar a sociedade ao levantar debates sobre racismo, empoderamento feminino e pautas LGBTQIA+. No Brasil, inclusive, o simples fato de alguém acompanhar atrações que tenham personagens gays ou trans pode ajudar na aceitação de parentes não heterossexuais.
Segundo a pesquisa Paixão em Séries 2021, compilada pela NBCUniversal e divulgada nesta semana, 85% dos brasileiros LGBTQIA+ sentem que os programas que abordam o tema ajudaram suas famílias na compreensão sobre diversidade.
Já 81% dos espectadores não LGBTQIA+ afirmaram que assistir a personagens dessa comunidade em uma série os fizeram se sentir mais conectados com essas pessoas.
Ou seja, ver alguém que não é hétero na TV ajuda a abrir a cabeça e aceitar (ou entender) as diferenças. E a representatividade tem crescido nos últimos anos, inclusive para classes que raramente eram mostradas na TV antes, como trans e bissexuais.
Segundo relatório do Glaad (sigla em inglês para Aliança Gay & Lésbica Contra a Difamação), organização especializada em direitos da comunidade LGBTQIA+, a temporada 2020-2021 contou com 99 personagens bissexuais, sendo 65 mulheres, 33 homens e um não-binário.
Já a comunidade de transgêneros é representada por 29 personagens (15 mulheres, 12 homens e dois não-binários). Desses, 26 são vividos por atores trans, e apenas três por intérpretes cisgêneros.
O índice tem crescido desde a estreia da série Pose (2018-2021), que fez história ao incluir cinco atrizes trans em seu elenco fixo: MJ Rodriguez, Indya Moore, Dominique Jackson, Hailie Sahar e Angelica Ross --a primeira ainda quebrou barreiras ao ser indicada ao Emmy deste ano.
A pesquisa Paixão em Séries ainda traz o perfil do público que assiste a esse tipo de atração no Brasil, dados da evolução do consumo nos últimos anos e outras informações. Confira o estudo completo.
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