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ESTREIA

Nova série do Prime Video, Cruel Summer repete fórmula da novela A Favorita

Divulgação/Freeform

Chiara Aurelia em cena de Cruel Summer

Jeanette (Chiara Aurelia) vê sua vida ir do céu ao inferno em Cruel Summer, nova série do Prime Video

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 6/8/2021 - 6h20

Estreia desta sexta-feira (6) no Prime Video, Cruel Summer resgata a fórmula utilizada na novela A Favorita (2008), sucesso da Globo, e a transforma para os olhares do público teen com um embate entre duas adolescentes que lutam para confirmar suas respectivas versões de uma mesma história.

O duelo épico eternizado pelas personagens Donatela (Claudia Raia) e Flora (Patricia Pillar) dá lugar à atmosfera juvenil que envolve o mundo de Jeanette (Chiara Aurelia) e Kate (Olivia Holt), duas meninas com personalidades diferentes mas que acabam interligadas por uma tragédia.

Para instigar o público com o seu mistério, Cruel Summer divide a sua trama em três períodos: 1993, 1994 e 1995. Cada um dos dez episódios da primeira temporada explora os acontecimentos de um dia durante o triênio. Ou seja, um capítulo, por exemplo, conta o que aconteceu em 2 de dezembro de cada ano.

Na trama, Jeanette é uma nerd de uma pequena cidade dos Estados Unidos que sonha em ser popular. Já Kate é a típica queridinha da escola, com um namorado bonitão e amigas que são tão estrelas quanto ela. Mas no início do verão de 1993, Kate é raptada, e a nerd que tanto a admirava de longe acaba pegando o seu lugar.

DIVULGAÇÃO/PRIME VIDEO

Olivia Holt interpreta Kate

Viajando entre os três anos, Cruel Summer explica aos poucos como a vida de Jeanette foi do céu ao inferno. Se em 1993 ela era uma excluída no colégio, em 1994 era considerada a "nova Kate". Repaginada no visual, a nerd se torna amiga das garotas populares e engata um romance com Jaimie (Froy Gutierrez), ninguém menos que o ex-namorado da antiga rainha do baile.

Em 1995, porém, tudo muda. Jeanette deixa o glamour da popularidade para se tornar a jovem mais odiada dos Estados Unidos. Tudo isso porque Kate, após ser resgatada pelas autoridades, revela em rede nacional que a antiga conhecida a tinha visto em seu cativeiro, mas não informou nada para a polícia. Assim, de maneira indireta, Jeanette acaba se tornando cúmplice do crime.

Embora os primeiros episódios funcionem como apresentação da trama e de seus muitos personagens, a forma como o diretor Max Winkler introduz os pilares dessa história é feita de maneira envolvente. Até mesmo a fotografia dos diferentes período influencia na atmosfera de Cruel Summer. Se 1993 e 1994 são representadas com luzes claras e fortes, 1995 tem uma aura sombria, quase em preto e branco.

Além do embate entre Jeanette e Kate, com a primeira lutando para recuperar a sua vida (e dignidade) ao negar toda a versão da rival, seus amigos e parentes são quase todos afetados pela tragédia. Jaimie se vê dividido entre os dois amores, enquanto segredos envolvendo os pais das garotas são quase destrutivos para suas famílias.

Em Cruel Summer, o abuso sofrido por Kate expande uma série de acontecimentos que levam ao caos e mostram o quão cruel essa realidade pode ser. Na posição de seu malfeitor, a série apresenta Martin Harris (Blake Lee), o novo assistente do diretor do colégio local.

Com feições suaves, Harris parece ter sido inspirado em conhecidos psicopatas como Ted Bundy (1946-1989) ou até mesmo Norman Bates, o assassino do clássico Psicose (1960) vivido por Anthony Perkins (1932-1992). Ambos escondiam uma personalidade demoníaca atrás do rosto de bom-moço.

Sem apelar para cenas de sexo ou violência gratuitas, Cruel Summer encontra uma maneira deliciosa de contar uma história que se move em direções inesperadas. Graças ao bom elenco e ao texto recheado de reviravoltas, a série acaba por se destacar como uma agradável adição ao gênero teen.

Assista ao trailer dublado:


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