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INTO THE NIGHT

Noite Adentro: Série belga da Netflix mata saudades de Lost e vira fenômeno global

Imagens: Divulgação/Netflix

Dentro de um avião, sentados em poltronas à margem do corredor, Vincent Londez e Alba Gaïa Bellugi conversam e mexem no celular em Noite Adentro

Vincent Londez e Alba Gaïa Bellugi durante cena da primeira temporada de Noite Adentro, drama belga da Netflix

THALES DE MENEZEZ, Especial para o Notícias da TV

Publicado em 18/6/2020 - 12h37

Assistir a pouco mais de 20 ou 30 minutos do primeiro dos seis episódios de Into the Night será suficiente para que o espectador tenha a sensação de estar vendo uma versão francesa de Lost (2004-2010). Neste caso, a primeira impressão vai se revelar verdadeira, com apenas uma correção.

Apesar do título original em inglês e de o francês ser o idioma da maioria dos personagens, esta é uma série belga, a primeira produzida pela Netflix naquele país. Seja pelo elenco, de várias nacionalidades, ou pela criatividade do roteiro, está virando sucesso global, com segunda temporada em negociação.

Está no cardápio da Netflix também com um título em português, Noite Adentro, mas os fãs brasileiros de ficção científica, como sempre, já adotaram o original como referência em discussões virtuais.

Desde o sucesso de Lost, muitas produções tentam surfar na onda da sci-fi com mais perguntas do que respostas, focada em um grupo de personagens numa situação extrema e bizarra.

Algumas tiveram cara de pau de inserir o elenco em um avião, o mesmo ponto de partida de Lost. Mas, diferente de séries aeronáuticas como a fraca Manifest, que a Globo está agora exibindo na TV aberta, Into the Night acerta a mão e por isso nem tem pudor de escolher uma aeronave como cenário.

O enredo é adaptação de uma graphic novel. Quando o embarque para um voo noturno de Bruxelas para Moscou está começando, um homem com uma metralhadora entra no avião, tranca a porta e exige que o copiloto decole. A bordo, além do copiloto, apenas uma aeromoça, um engenheiro de manutenção, um faxineiro e menos de uma dúzia de passageiros da primeira classe, entre belgas, franceses, alemães, russos e árabes.

Pauline Etienne e Laurent Capelluto dentro da cabine do avião da série belga Into the Night 

O sequestrador é um italiano que afirma ser agente da Otan. Ordena ao copiloto que o avião voe para o oeste. Segundo ele, um fenômeno inexplicável está fazendo com que todas as pessoas morram assim que amanhece. A ideia do italiano é que o avião fique o tempo todo na face da Terra oculta pela noite. Ou seja, é um avião brincando de pega-pega com o Sol.

Aos poucos, pela internet, todos vão descobrindo que a história é verdadeira. Ao se aproximar em outros aeroportos, encontram caos e destruição. Conseguem pousar em alguns, para conseguir alimento e reabastecer.

Cada vez mais compreendendo que estão diante do fim da humanidade, as reações dos personagens são de total desesperança diante da tática maluca de circundar a Terra sem parar. E aí, na grande sacada do roteiro, muitos deles vão se revelar bem diferentes do que aparentam, em sequências alucinantes de tensão e risco de morte.

O elenco é todo muito bom, mas o destaque é a belga Pauline Etienne, que interpreta a jovem Sophie. Ela deixou o exército após perder o marido para um câncer. Sua experiência de pilotar helicópteros a transforma em ajudante do copiloto na cabine. Mas ele é ferido, e cada vez mais o destino do avião está nas mãos dela.

As explicações supostamente científicas para o fenômeno solar custam a vir, torturando os nerds que devem formar a maior parte do público de Into the Night. Mas, para qualquer tipo de espectador, tanta tensão, personagens atraentes e boas sacadas vão aliviar muito as saudades de Lost.


FICHA TÉCNICA:

INTO THE NIGHT - Bélgica, 2020. Série criada por Jason George. Com Pauline Etienne, Laurent Capelluto, Stefano Cassetti. Disponível na Netflix.

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