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Inacreditável: Netflix diz que CSI ensinou bandidos a enganar a polícia

Divulgação/Netflix

A atriz Merritt Wever, ex-The Walking Dead e Nurse Jackie, em cena da minissérie Inacreditável, da Netflix

A atriz Merritt Wever, ex-The Walking Dead e Nurse Jackie, em cena da minissérie Inacreditável

JOÃO DA PAZ

Publicado em 25/9/2019 - 5h27

Sem rodeios, a minissérie Inacreditável (Unbelievable), da Netflix, afirma que o revolucionário drama policial CSI (2000-2015) ensinou bandidos a enganarem a polícia ao dar dicas de como limpar qualquer rastro de DNA de uma cena de crime. A citação evidenciou o poder de influência de CSI, que acabou por dificultar o trabalho de agentes da lei.

O drama da gigante do streaming se passa em dois períodos, 2008 e 2011, justamente em uma época na qual CSI estava em alta na TV. Os investigadores forenses da ficção usavam apetrechos turbinados e engenhocas para flagrar as mínimas provas de um local em que houve um crime. Assim, conseguiam capturar bandidos após realizarem testes de DNA. Logo, os episódios serviam como uma aula sobre o que um bandido poderia fazer para não ser pego.

Inacreditável narra a história real de uma menina vítima de estupro (ambientada em 2008) e outra de duas detetives (em 2011) que investigam um caso de abuso sexual diferente. Em ambas as ocasiões, o suspeito deixa a cena limpa, leva embora roupas de cama e obriga a vítima a tomar banho.

A iniciante Karen Duvall (Merritt Wever) e a veterana Grace Rasmussen (Toni Collette) formam a dupla de detetives da segunda investigação. Após reunirem o máximo de provas que conseguem, elas pedem ajuda ao FBI (a polícia federal americana) e batem na porta de um escritório na cidade de Denver, Estado do Colorado, chefiado pelo agente especial Billy Taggart (Scott Lawrence).

No quinto episódio, há uma reunião para afinar as informações sobre o caso e definir os próximos passos. Lá pelas tantas, entra na roda um assunto polêmico: as investigadoras acreditam que o estuprador é um ex-militar ou ex-policial, devido ao cuidado que teve ao não deixar rastros.

"Todas as cenas do crime estavam limpas. Os ataques foram em distritos diferentes", diz a novata. "Civis teriam essa informação também. CSI transformou uma geração de telespectadores americanos em peritos criminais", rebate Taggart. Mas a parceira de Karen, a desbocada Grace, não engole o comentário: "Sério? Você não gosta deste ângulo de investigação por causa de um seriado?".

O agente especial bate na mesma tecla, crente de que está com a razão: "Todos os escritórios do FBI [ao redor do país] dirão a vocês o mesmo. O número de cenas de crime limpas subiu muito."

Em um primeiro instante, na reunião, Karen tenta defender a colega ao se posicionar contra Taggart: "Nosso suspeito conhece o procedimento policial mais do que mostrado em CSI". Mas ao encontrar Grace a sós, a novata olha para a mentora e admite: "Ele não está errado sobre CSI."

Aplaudida pelos críticos

Antes mesmo da estreia, na última sexta (13), Inacreditável caiu nas graças dos especialistas. Veículos da mídia americana elogiaram a minissérie da Netflix em todas as frentes, com direito ao categórico carimbo de "um dos melhores dramas policiais recentes da TV e uma das melhores atrações do ano", dado pelo Vulture.

No site Metacritic, que compila reviews da imprensa dos Estados Unidos, Inacreditável ganhou a nota 83 (de um máximo de 100), empatada com Chernobyl (2019), minissérie da HBO vencedora do Emmy deste ano.

Coube exaltação também à dupla de protagonistas. A Rolling Stone disse que ambas são "sublimes" e tocam com destreza "a trama bem amarrada". "Elas transformam uma história real e complexa sobre a caça a um estuprador em uma série arrebatadora". E a Entertainment Weekly sacramentou: "Merritt Wever e Toni Collette são o time dos sonhos de uma série policial".

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