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ESTREIA DA NETFLIX

Fórmula repetida e exageros não batem carisma de Omar Sy na 2ª parte de Lupin

Divulgação/Netflix

Omar Sy pensativo em cena da segunda parte de Lupin

Omar Sy em cena da segunda parte de Lupin; série retorna como novos episódios na Netflix nesta sexta (11)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 11/6/2021 - 6h45

Um dos fenômenos da Netflix no início de 2021, Lupin retorna nesta sexta-feira (11) com a estreia da segunda parte no catálogo do serviço de streaming. Apesar de repetir a mesma fórmula da primeira e contar com muitos exageros, o carisma de Omar Sy no papel principal continua sendo o grande trunfo da produção francesa.

Assim como na primeira parte, os novos episódios são recheados de cenas eletrizantes e que mais parecem um jogo de gato e rato entre Assane Diop (Sy) e seus adversários. O admirador do personagem Arsène Lupin continua criativo para dar seus golpes e atingir seus objetivos, muitas vezes atualizando casos apresentados nas histórias mostradas nos livros escritos por Maurice Leblanc (1864-1941).

Para quem gostou da primeira leva, a segunda parte de Lupin é um prato cheio de ação. A trama da série é retomada no momento exato em que foi deixada, com Diop e Claire (Ludivine Sagner) procurando pelo filho Raoul (Etan Simon), que havia sido raptado por Leonard (Adama Niane).

Se antes Diop era quase um agente solo, dessa vez seus auxiliares também ganham mais destaque. Benjamin (Antoine Gouy) cresce em participação e ação nos novos episódios, e o passado de sua relação com o melhor amigo é explorado para dar mais substância à amizade entre os dois. Do outro lado, o inocente investigador Guedira (Soufiane Guerrab) começa a se desprender da força policial ao ver verdade no caminho do protagonista.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Benjamin e Assane na 2ª parte de Lupin

Os diretores que assumiram a parte 2, Ludovic Bernard e Hugo Gélin, mantêm a qualidade da série com sequências eletrizantes. Há perseguições de carros pelo interior da França, uma casa quase assombrada e assustadora, além de um novo grande golpe em um museu importante de Paris.

O que acaba depondo contra a qualidade da série, mesmo que muitas vezes de maneira ineficaz, são os exageros propostos no roteiro comandados pelo showrunner George Kay. Para que os golpes do Lupin do século 21 funcionem, é necessária uma grande colaboração de seus adversários. Se a polícia francesa parece incompetente, os comparsas de Pellegrini (Hervé Pierre) têm uma inacreditável confiança em seus vítimas.

Felizmente, entender como o personagem de Omar Sy está sempre cinco passos à frente dos vilões vem com uma grande dose de surpresa e admiração. Assane Diop continua carismático como nunca, e sua perspicácia é o que continuará dando fôlego à série na terceira parte-- já confirmada pela Netflix.

A segunda leva de episódios também explora o racismo na França, tanto na trama do passado quanto no presente. Há sequências envolvendo Leonard e as duas versões de Assane Diop que causam extremo desconforto e mostram como o preconceito ajudou moldar a personalidade do protagonista. Ao mesmo tempo, é uma camada que reforça o sucesso e a força do personagem vivido por Omar Sy.

Com tantas histórias de Arsène Lupin para serem atualizadas na série da Netflix, é improvável que as aventuras de Omar Sy como Diop terminem tão cedo. Se o carisma e o talento do ator permitirem, não há exageros que encurtem a vida da atração.

Assista ao trailer legendado:


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