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SUSPENSE

Finalmente no Brasil, Castle Rock é a série que faz o Starzplay valer a pena

REPRODUÇÃO/STARZPLAY

Bill Skarsgard na primeira temporada de Castle Rock, uma das séries mais instigantes do Starzplay

Bill Skarsgard na primeira temporada de Castle Rock, uma das séries mais instigantes do Starzplay

HENRIQUE HADDEFINIR

Publicado em 2/11/2019 - 4h58

Na semana passada, o fã de séries ganhou um novo streaming: o Starzplay. Entre as atrações inéditas no Brasil que estão no serviço, uma das mais instigantes é a antológica Castle Rock, com a primeira temporada completa na plataforma (exibida nos Estados Unidos no ano passado). Baseado em obras de Stephen King, produzido pelo renomado J.J. Abrams e com um elenco de peso, o drama tem apelo. Mas vale a pena pagar o Starzplay só para assisti-lo?

A primeira coisa a se considerar em Castle Rock são os nomes envolvidos. Abrams está por trás de séries como Lost (2004-2010) e Alias (2001-2006); além de filmes como Missão Impossível 3 (2006) e os mais recentes da franquia Star Wars.

Quase tudo que envolve o produtor é motivo de atenção de público e mídia. Quando foi anunciado que ele cuidaria da adaptação da série, muitas boas expectativas começaram a envolver o projeto.

No que diz respeito à história, há uma ótima premissa: a cidade de Castle Rock se movimenta quando um homem é encontrado em uma jaula dentro de um presídio. Ele não fala nada, apenas balbucia o nome de Henry Beaver (Andre Holland), advogado que volta à cidade para investigar o caso.

O retorno dele, contudo, reacende várias faíscas que envolvem seu desaparecimento, anos atrás, quando era apenas um menino. Pode parecer uma história simples, mas que é contada de maneira surpreendente.

O elenco anunciado também impressiona. A primeira temporada da série foi protagonizada por Bill Skarsgård, que já tinha se envolvido em outra grande obra de Stephen King, It - A Coisa (2017). Skarsgård deu vida ao apavorante palhaço Pennywise, personagem que ele reviveu neste ano na continuação do longa.

Quando o ator foi escalado, o público começou a esperar coisas ainda melhores da série, já que Skarsgård não aceitaria fazer outro título de King caso a história não fosse muito sedutora. Além dele, outro nome forte foi o de Sissy Spacek, que estaria de volta ao universo do escritor depois de viver Carrie, a Estranha, papel que lá em 1976 havia lhe rendido uma indicação ao Oscar.

Para compor esse grande elenco, há ainda Melanie Lynskey (conhecida pela série Two and a Half Men), Andre Holland (American Horror Story) e Terry O'Quinn (Lost). Outra curiosidade é a participação de Rory Culkin (de Pânico 4), irmão mais novo de Macaulay e Kieran Culkin (atualmente em Succession).

Cada ator foi escolhido para remeter a outra produção de terror ou suspense. O objetivo de Castle Rock é cercar o espectador de referências assustadoras.

A maior dessas referências, sem dúvida, é a própria obra de Stephen King, escritor de fenômenos como O Iluminado (1977), Cemitério Maldito (1983), Sob a Redoma (2009), À Espera de um Milagre (1996) e os já citados It (1986) e Carrie (1974).

King costuma promover pequenas ligações entre suas obras, fazendo com que as histórias se passem em universos comuns. Uma das principais repetições em seus livros é a cidade de Castle Rock, palco de algumas tramas ou mencionada em outras, situadas em cidades vizinhas. O lugar é cercado de estranhezas, fenômenos sobrenaturais, que traçam um perfil de perigo e fascinação ao mesmo tempo.

O que J.J. Abrams decidiu fazer foi reunir esse universo (não só da cidade mas das outras à sua volta) e criar novos personagens que interagissem com os já conhecidos dos livros para contar uma história original. Isso quer dizer que, embora tenha elementos literários, a história de Castle Rock é inédita. É uma maneira esperta de manter o interesse de todos, leitores ou não.

Há coisas charmosas, que só um fã vai perceber, como alguém ser parente do zelador do Hotel Overlock, de O Iluminado; ou um cartaz à procura de animais perdidos que remete a Cemitério Maldito. Porém, de maneira alguma, as referências eclipsam o que a história pretende dizer.

Há, contudo, um certo pedantismo na maneira como a trama se desenvolve. Para o público que procura histórias mais diretas, Castle Rock pode não ser a melhor pedida. Muito fragmentada, a narrativa às vezes escolhe uma direção bela em detrimento de certa objetividade, o que pode aborrecer alguns.

Recentemente, no segundo capítulo de It, foram feitas várias piadas sobre o fato de os finais de Stephen King serem sempre ruins. Cabe aos espectadores, então, assistirem e avaliarem se a série repete ou desmistifica essa ideia.

A segunda segunda temporada de Castle Rock está no ar nos Estados Unidos, na plataforma de streaming Hulu, desde a semana passada. Agora, a protagonista é Annie Wilkes (Lizzy Caplan), a enfermeira psicopata do filme Louca Obsessão (1990). Esses novos episódios ainda não têm previsão de chegarem ao Brasil. 

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