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QUARTA TEMPORADA

Final precoce mostra que Atypical ainda tinha muita história para contar

Divulgação/Netflix

Keir Gilchrist em cena da quarta temporada de Atypical

Keir Gilchrist em cena da quarta temporada de Atypical; último ano da série estreia nesta sexta (9)

ANDRÉ ZULIANI

andre@noticiasdatv.com

Publicado em 9/7/2021 - 6h30

A quarta temporada de Atypical estreia na Netflix nesta sexta-feira (9) com a importante missão de encerrar a história de Sam Gardner (Keir Gilchrist), um garoto autista que enfrenta obstáculos de quem vive no espectro ao lado de seus amigos e família. Com aulas bem didáticas sobre o tema, a série chega ao fim de maneira precoce, deixando um sentimento de que ainda tinha muita história para contar.

Nos quatro anos da jornada, o público acompanhou Sam enfrentando problemas do cotidiano de um adolescente comum: escola, namoros, amizades e o início da faculdade. É um passo natural para todos os jovens, mas para o protagonista, o autismo costuma deixar tudo um pouco mais complexo.

Na nova temporada, Sam entra de vez na vida adulta ao sair da casa dos pais para dividir apartamento com Zahid (Nik Dodani), seu melhor amigo. De cara, ele percebe que morar com alguém não é a mesma coisa do que conviver, e os dois precisam superar diferenças para não romperem os laços que os une.

Ver o crescimento do personagem é uma experiência enriquecedora. Atypical sempre tratou de temas importantes com sensibilidade e didatismo, seja falando sobre autismo, sexualidade e até mesmo infidelidade. Sam amadureceu à sua maneira, assim como todos os personagens de seu núcleo jamais ficaram parados.

DIVULGAÇÃO/NETFLIX

Zahid ganha destaque no quarto ano

A opção por encerrar a série no quarto ano não teve esclarecimento oficial, mas é compreensível, já que ela nunca esteve entre as atrações originais da Netflix mais comentadas pelo público. No entanto, Atypical sempre teve um público fiel, que a ajudava a conquistar a renovação ano após ano.

O fim abrupto, felizmente, não afetou a qualidade da trama. A equipe de roteiristas liderada pela criadora e showrunner Robia Rashid usou os dez últimos episódios para colocar seus personagens no rumo da vida e com a fidelidade que a série merecia.

De certa maneira, a última temporada é um discurso sobre a realização de sonhos. Sam, Zahid, Casey (Brigette Lundy-Paine), Elsa (Jennifer Jason Leigh), Doug (Michael Rapaport) e Paige (Jenna Boyd) usam os sinais que a vida lhes apresenta para ajustar o que é necessário e seguir e frente, seja em suas relações pessoais ou profissionais.

Mesmo que o final de Atypical deixe um gostinho de "quero mais", é possível dizer que o desfecho da jornada de Sam foi honesto com tudo o que tinha sido apresentado antes. Para aqueles que a acompanharam desde o início, o sentimento é agridoce, mas faz jus à intenção que Robia Rashid tinha quando anunciou o encerramento da série: "Precisamos de mensagens de esperança e aventuras, e a quarta temporada é sobre isso". Errada, ela não está.

Assista ao trailer da quarta temporada de Atypical:


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