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ONDE ESTÁ MEU CORAÇÃO

Fabio Assunção se comove ao interpretar pai de viciada em série: 'Somos nós aqui'

DIVULGAÇÃO/TV GLOBO

Os atores Mariana Lima, Leticia Colin e Fabio Assunção de mãos dadas, lado a lado, em cena externa de Onde Está Meu Coração

Mariana Lima, Leticia Colin e Fabio Assunção vivem uma família afetada pelas drogas em Onde Está Meu Coração

FERNANDA LOPES

fernanda@noticiasdatv.com

Publicado em 4/5/2021 - 7h05

Atuar na série Onde Está Meu Coração, que estreia nesta terça (4) no Globoplay, foi um marco para Fabio Assunção. Na história, ele interpreta o pai de uma jovem que sofre com o vício em drogas, e na época das gravações, em 2019, o próprio ator ainda estava em tratamento contra a dependência química. Para Assunção, a produção ajudará as pessoas a olharem para quem sofre desta doença de maneira diferente, mais compreensiva.

"A gente não fala sobre o assunto, perdoa todas as doenças, mas a dependência tem uma coisa mítica. E é muito comum. Acho que essa série fala de como a sociedade não discute esse tema e, quando acontece dentro de casa, todo mundo tem que se virar pra tentar encontrar um caminho", acredita o ator de 49 anos.

"Acho uma grande oportunidade de esse tema ser discutido com as famílias brasileiras, de uma forma adulta, sem a questão da exclusão. Se coloca essa questão na Cracolândia, todo mundo fala [sobre os dependentes como] 'essa gente aí'… Não é essa gente aí, somos nós aqui", defende o ator.

Na trama de Onde Está Meu Coração, a protagonista é Amanda (Leticia Colin), uma jovem médica, de família rica, que cai no vício em crack. Logo no primeiro episódio, os pais percebem a situação debilitada dela e se dividem: a mãe acha que a filha deve ser acolhida, enquanto o pai quer que a jovem seja internada numa clínica, mesmo contra a vontade dela.

Fabio Assunção, que lidou durante muitos anos com a dependência de drogas, ajudou Leticia Colin na construção da personagem. Ele a levou a reuniões dos Narcóticos Anônimos, para que a atriz entendesse melhor como funcionam as dinâmicas e os dramas das pessoas.

Segundo o ator, Onde Está Meu Coração não tratará da questão política das drogas, da violência, do tráfico, mas sim de como a situação se desenrola em meio à família, como o vício afeta e deixa em frangalhos também as pessoas ao redor do dependente.

"A gente está trazendo essa discussão dissociada do crime, das ruas. Caramba, será que ninguém conhece, não tem um parente [viciado]? É muito mais comum do que a gente finge ser. Acho que tem uma hipocrisia muito grande em relação a esse tema. O sujeito que se droga… Ele deve ter alguma dor que em algum momento não sabe resolver. E a gente deve ter alguma empatia", diz ele.

Hoje, Assunção leva uma vida mais saudável e se considera bem resolvido em relação ao tema das drogas. Ele espera que o público possa encarar o assunto sob uma nova perspectiva após assistir à série.

"Foi muito importante pra mim fazer essa série, estou muito orgulhoso. Ano passado a gente viu o respeito e o desrespeito pelo coletivo, como os países se organizaram durante esse período [de pandemia]. A questão do coletivo tem que ser mais dignificada, não tratada como algo lá de fora. Essa série traz essa chance, de conversar de forma madura, inserindo todo mundo na conversa", afirma.

Onde Está Meu Coração entra para o catálogo do Globoplay nesta terça (4) na íntegra, com dez episódios.


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