E se o Superman fosse vilão? Especial inverte papéis de super-heróis

Imagine um mundo no qual Superman é vilão, Flash é um exímio arqueiro e o Arrow, um velocista. Bizarro? Pois esse é o cenário do especial anual que reúne os personagens das séries Flash, Arrow e Supergirl, dessa vez chamado de Elseworlds. Os heróis precisam combater um inimigo que tem a capacidade de reescrever a realidade.

Feito como um filme de duas horas e meia, dividido em três episódios (um de cada produção), o encontro vai ao ar neste domingo (16), a partir das 22h50, na Warner. Elseworlds é o terceiro crossover em que Flash, Arrow e Supergirl juntam forças para derrotar uma ameaça.

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Como todos os outros especiais, Elseworlds empolga com cenas de ação eletrizantes, envelopadas por uma boa história. Na manhã do que deveria ser um dia trivial, Oliver Queen, o Arrow (Stephen Amell), acorda na cama de Iris West (Candice Patton), casada com Barry Allen, o Flash (Grant Gustin). O telespectador percebe que algo está errado, mas Iris não.

Ela trata Oliver como se ele fosse Barry, o chama de "meu amor" e tudo o mais. Por sua vez, Barry aparece vivendo igual a Oliver, treinando golpes de luta com John Diggle (David Ramsey), braço-direito do Arqueiro Verde.

A dupla tenta convencer todos ao seu redor da bizarrice, mas ninguém acredita. Barry, o original, sugere que a solução para resolver o caos é buscar ajuda de Supergirl (Melissa Benoist), pois no planeta dela, a Terra-38, o mundo não está invertido, como ocorreu na Terra-1.

Stephen Amell com o uniforme de Flash e Grant Gustin vestido de Arrow; heróis invertidos

Quem provocou essa confusão toda foi o psiquiatra John Deegan (Jeremy Davies), que trabalha no hospital psiquiátrico Arkham, na cidade de Gotham (terra do Batman). Após ganhar um livro místico do vilão The Monitor (LaMonica Garrett), Deegan reescreve a realidade na Terra-1, invertendo as vidas de Barry e Oliver.

Além disso, Deegan se transforma em um Superman do mal (Tyler Hoechlin), idêntico àquele que é primo de Kara Danvers, a Supergirl. O confronto para lá de explosivo ainda conta com uma nova integrante da turma, a Batwoman (Ruby Rose), que se tornou a principal protetora de Gotham, já que Batman está desparecido.

Vale um lembrete: a série Gotham, também exibida no Brasil pela Warner, não está ambientada no mesmo universo de Flash e sua turma. Por isso, a distinção.

Divertido
Mais uma vez, toda a equipe de produtores e roteiristas por trás de Flash, Arrow e Supergirl produziu um ótimo encontro. Elseworlds se diferencia dos demais crossovers por ser mais bem-humorado e leve, com direito a piadas sobre as próprias séries e essas maluquices de viagem para outras Terras.

Como em outras oportunidades, o crossover foi bem de audiência nos Estados Unidos, exibido em três dias diferentes da semana passada. Deu para Supergirl e Arrow as maiores audiências de suas respectivas temporadas (a quarta e a sétima).

Não é à toa que a rede The CW, casa dos heróis na TV americana, confirmou que os três vão unir forças de novo em 2019, replicando Crise nas Infinitas Terras, um dos maiores confrontos já publicado nas histórias em quadrinhos.

O que é Elseworlds?
A DC Comics publicou, entre 1989 e 2003, quadrinhos com seus heróis em situações completamente diferentes das habituais. As edições ganharam o selo Elseworlds.

Entre as tramas criadas nesse universo paralelo, há uma que matou o Superman, outra que casou Supergirl com James Olsen (o Guardião) e uma terceira que mostra o Batman aposentado. A maioria dos eventos dessa série de HQs não afeta a continuidade das jornadas originais dos heróis.