APOSTA DA NETFLIX
Divulgação/Netflix
Christian Convery em cena de Sweet Tooth; série estreia no catálogo da Netflix nesta sexta-feira (4)
A Netflix estreia nesta sexta-feira (4) Sweet Tooth, nova aposta do serviço de streaming para atingir o público infantojuvenil. Produzida por Robert Downey Jr. (o Homem de Ferro do Universo Marvel), a série se destaca com uma trama pós-apocalíptica divertida e encantadora, e chega com potencial para tomar a coroa de Stranger Things.
A produção adapta a HQ homônima criada por Jeff Lemire e conta a história de um mundo no qual um vírus dizimou milhões de pessoas. Chamada de Flagelo, a doença mortal é facilmente transmissível, como uma gripe --e, por que não, a Covid-19.
Na mesma época que o Flagelo apareceu, todos os bebês recém-nascidos surgiram como híbridos: metade humano, metade animal. Crianças com asas de gavião, pernas de carneiro e olhos de sapo lotaram as maternidades em todo o mundo.
Dentro desse novo universo entre humanos e híbridos, a série apresenta Gus (Christian Convery), um garoto-cervo que mora isolado em um parque nacional com seu Paba (pai), Richard (Will Forte), desde o seu nascimento. Por conta de sua metade animal, ele tem chifres, orelhas, audição e olfato de um cervo.
Sem conhecimento de nada do mundo fora das cercas do parque, Gus viveu até os 10 anos como "prisioneiro" das regras do pai. Para ele, todos os humanos são maus, a Terra está em chamas e não há mais híbridos como ele. Por isso, Paba e o garoto vivem uma vida a dois repleta de amor e carinho.
DIVULGAÇÃO/NETFLIX
Christian Convery e Nonso Anozie em Sweet Tooth
Paba protegeu Gus do pesadelo em que o mundo se tornou e criou nele um espírito curioso e tocante, que se mostra quase tão infeccioso quanto o vírus que causou a queda da sociedade. Por conta da bondade radiante do menino-cervo, Sweet Tooth rapidamente começa a parecer menos um pesadelo distópico e mais um conto de fadas ligeiramente sombrio, mas principalmente otimista --e muito divertido.
A história de Gus acaba se juntando à de Tommy "Jepp" Jepperd (Nonso Anozie), um ex-jogador de futebol americano que se tornou um caçador de híbridos após a chegada do vírus. Ex-integrante do grupo chamado Os Últimos Homens, que capturam os seres especiais por acreditarem que a origem do Flagelo tem algo a ver com eles, ele se une a Gus em uma jornada de amizade e conhecimento após ser conquistado pela aura bondosa do garoto.
Em suas aventuras, eles ainda se deparam com Ursa (Stefania LaVie Owen), a jovem líder de um culto de adoradores das crianças híbridas que acaba tendo grande importância na história da dupla.
Grande parte do carisma da série recai na relação entre Jepp e Gus, com o menino-cervo roubando o destaque. Convery detém a mesma energia que ajudou o elenco jovem de Stranger Things a conquistar milhões de fãs nas primeiras temporadas. É extremamente fácil se encantar com sua jornada de descobrimento do mundo, mesmo em seus momentos mais teimosos.
Sem o mesmo brilho, mas ainda interessante, Sweet Tooth mostra outros dois arcos acontecendo simultaneamente à história de Gus. Aimee (Dania Ramirez) era uma terapeuta antes do apocalipse e passa a ser a guardiã da Reserva, um lugar que aceita e cuida de todas as crianças híbridas.
Há ainda a trama de Adi Singh (Adeel Akhtar), médico responsável por encontrar a cura contra o Flagelo e que é forçado pelo general General Abbott (Neil Sandilands), líder dos Últimos Homens e principal vilão, a fazer experimentos nos humanos-animais.
Mesmo estreando em uma época na qual "pandemia" e "vírus mortal" são palavras repetidas à exaustão, Sweet Tooth surge com uma proposta mais brilhante e empática, fugindo das narrativas sombrias que costumam cercar essas produções. Pelo sucesso conquistado com a estreia de Stranger Things em 2016, a Netflix tem em mãos um produto com o potencial de se tornar uma nova febre entre os jovens.
Assista ao trailer legendado de Sweet Tooth:
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