Demitido de House of Cards, Kevin Spacey é condenado a pagar R$ 173 milhões

Ex-astro de House of Cards (2013-2018), Kevin Spacey foi demitido da série em 2017, mas sua saída conturbada continua rendendo problemas. O ator perdeu um processo contra a produtora MRC, responsável pela atração da Netflix, e foi condenado a pagar US$ 31 milhões (R$ 173 milhões).

Um juiz decidiu a favor da MRC por danos e perda de receitas por conta da demissão prematura de Spacey, acusado de abusar sexualmente de um jovem ator em 1986 e de promover um ambiente tóxico nos bastidores da produção.

De acordo com o jornal The Wall Street Journal, a MRC deverá receber US$ 29,5 milhões (R$ 164,8 milhões) pelos danos e US$ 1,4 milhão (R$ 7,8 milhões) pelos custos com advogados e despesas adicionais. Em nota à imprensa, a produtora comemorou o resultado positivo da disputa legal.

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"A segurança de nossos funcionários, sets e ambiente de trabalho é de suma importância para nós da MRC e é o motivo de exigirmos responsabilidade pelos atos", diz o texto. A produtora alega quebra de contrato de Spacey após ver a necessidade de suspendê-lo por conta das graves acusações da época.

Ainda segundo a publicação, o resultado a favor da MRC foi decretado em outubro de 2020, mas se tornou público apenas nesta segunda-feira (22) após a produtora arquivar uma petição na corte de Los Angeles, nos Estados Unidos.

Spacey entrou com um pedido reconvencional, alegando que ele devia dinheiro depois que foi retirado da série e que não violou o contrato. Nem o ator nem seus representantes comentaram publicamente a decisão.

Em outubro de 2017, o ator Anthony Rapp acusou Spacey de tentativa de abuso sexual quando ele tinha 14 anos. Após as acusações se tornarem públicas, vários profissionais envolvidos na produção de House of Cards revelaram que o astro promovia um ambiente tóxico no set da série. O ator foi suspenso das gravações da sexta temporada e demitido em seguida.